Racismo: “É coletivamente que vamos mudar a estrutura”, Vondusi Ahunjai, Meire Rabelo

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No dia 24 de abril, por volta das 17h, um grupo que se identifica como evangélico, sendo parte pertencente a uma igreja vizinha ao terreiro, parou em frente à Casa Fanti Ashanti e realizou gestos e atitudes desrespeitosas e ofensivas contra a religiosidade de matriz africana e seus membros, como desferir palavras de desrespeito, gestos como se tivessem exorcizando a casa, empunhando bíblia, vindo até a porta entregar panfletos aos filhos de santo entre outros abusos, conforme vídeos que circularam amplamente nas redes sociais. 

A Casa Fanti Ashanti foi fundada por Pai Euclides Menezes e hoje tem a liderança da Ialorixá Kabeca da Xangô. Há 64 anos, a Casa realiza ritos e celebrações ancestrais como o tambor de Mina, sendo ainda o mais antigo terreiro de Candomblé do Maranhão. Além disso, realiza atividades culturais como a Festa do Divino, Tambor de crioula, Tambor de Taboca entre outras manifestações. 

O acontecimento na Casa Fanti Ashanti evidencia a falta de respeito quanto a diversidade de raças existentes, a ancestralidade e sacralidade de matrizes africanas. Meire Rabelo, integrante da casa, reflete a partir do entendimento do racismo histórico-social. 

“Nós entendemos que este racismo faz parte de um racismo estrutural que funda nossa sociedade. Há uma incitação de ódio aos povos de matrizes africanas.”

A casa, entende que são necessárias lutas coletivas para quebrar está estrutura. Junto dos setores da sociedade, políticas públicas e todas as vias possíveis para efetivar soluções. “É coletivamente que vamos mudar a estrutura”, destaca. 

Assista à entrevista completa abaixo:

“A participação social é onde nós devemos estar” destaca professora universitária Maria Aparecida Lucca Caovila

 

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