“Ação Literária” da Expressão Popular começa nesta sexta (11) e vai até domingo em SP

Evento acontece em diversas cidades do país e conta com debates, atividades culturais e livros com descontos de até 20%

Por Geisa Marques

Livros saudáveis para a luta: participação da Editora Expressão Popular na II Feira Nacional da Reforma Agrária em 2017 / Renata Gusmão

A editora Expressão Popular promove durante o mês de outubro a “Ação Literária Expressão Popular – Debate, Cultura e Solidariedade”. O evento, realizado em diversas cidades do país, celebra seuS 20 anos de existência.

Em São Paulo (SP), a programação será aberta às 19h desta sexta-feira (11) e segue até domingo (13), no Armazém do Campo.

No local, serão realizados debates, atividades culturais, lançamentos de livros e venda de títulos próprios com 20% de desconto. Publicações de outras dez editoras também estarão com preço reduzido em 15%.

Em entrevista à Rádio Brasil de Fato, nesta sexta-feira, o coordenador da Expressão, Carlos Bellé, disse que a abertura será mais simbólica, “trazendo a tradução das ideias em diferentes linguagens”.

“Amanhã (12), [a partir das 15h], teremos lançamento de livros, intervenção teatral e o momento mais político da Ação, com um grande debate sobre a batalha das ideias e a contribuição da Expressão Popular”, acrescenta.

O pensador marxista brasileiro Michael Löwy, radicado na França, é um dos debatedores da mesa “Os 20 anos da Expressão Popular e a Batalha das Ideias nos tempos atuais”, que também terá a participação de Carlos Bellé.

“Estamos fazendo uma batalha de ideias em torno de um projeto que se fundamenta no trabalho, nos valores solidários, nos valores humanos. Não nos interessa o projeto capital, o individualismo, que se manifesta nos agrotóxicos, nas ideias, no governo Bolsonaro, na financeirização”, afirmou Bellé.

A coordenadora da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), Rosana Fernandes, e o integrante da coordenação da Consulta Popular Ricardo Gebrim também participam do debate. O dia termina com show do cantor e compositor Sapiranga, às 19h. A feira de livros segue até às 21h.

No domingo (13), “Agroecologia e alimentação saudável” será o tema da discussão realizada entre 10h e 12h, em homenagem à Ana Maria Primavesi, considerada a mãe da agroecologia no Brasil.

A atividade contará com a presença da culinarista Bela Gil, da professora do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) Larissa Bombardi e de José Maria Tardin, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O músico Pereira da Viola realiza o show de encerramento da Ação Literária, a partir das 18h, horário em que a feira de livros será finalizada.

Ao longo dos 20 anos de existência, a Expressão Popular publicou cerca de 600 títulos voltados para a contribuição com a luta popular, conforme destaca o coordenador da editora.

“Nós nascemos para ser uma editora que ajuda a militância social brasileira no estudo, na melhoria da prática de intervenção social. Nós queremos que todos que tiverem acesso aos nossos materiais se sintam motivados a se envolver nas lutas do povo, nas organizações populares, para que a gente faça a transformação social.”

O Armazém do Campo fica na Alameda Eduardo Prado, número 499, no bairro Campos Elíseos, próximo ao metrô Marechal Deodoro. A programação completa está disponível no site da Expressão Popular.

Além de São Paulo, a Ação Literária ocorre nos estados de Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Maranhão e Pará.

Confira a íntegra da entrevista aqui.

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