Vereadora Carla Ayres propõe a criação da Frente Parlamentar pela Mobilidade

Um estudo recente, realizado pelo Instituto Cidades Responsivas, apontou que Florianópolis é a terceira pior capital do Brasil em deslocamento ao trabalho pelo transporte público.

A vereadora Carla Ayres (PT) apresentou um requerimento, na Câmara Municipal de Florianópolis, em que solicita a criação da Frente Parlamentar pela Mobilidade Urbana. O objetivo é fomentar no Legislativo municipal e na sociedade como um todo, debates acerca de alternativas para a mobilidade na cidade e na região metropolitana da capital. Um estudo recente, realizado pelo Instituto Cidades Responsivas, apontou que Florianópolis é a terceira pior capital do Brasil em deslocamento ao trabalho pelo transporte público.

A criação da Frente Parlamentar pela Mobilidade, proposta por Carla Ayres, está em sintonia com a demanda crescente da cidade por soluções de mobilidade que privilegiem o transporte público e de baixo impacto ambiental. Segundo dados do último Censo do IBGE, entre 2010 e 2022, Florianópolis teve um crescimento de 115.971 habitantes, entretanto, o sistema de transporte do município não acompanhou este crescimento.

Para a vereadora, é urgente que Florianópolis apresente soluções que privilegiem o transporte público e de baixo impacto ambiental. “Nossa cidade possui a tarifa do transporte coletivo mais cara do Brasil, mas, infelizmente, o valor pago pela população não se reflete na qualidade do sistema. Nosso mandato recebe inúmeras reclamações sobre o transporte coletivo toda semana e cabe ao poder público oferecer respostas capazes de melhorar a qualidade de vida das pessoas. Além do mais, o transporte coletivo em Florianópolis não é integrado ao da região metropolitana, o que encarece ainda mais a sua utilização para os usuários e às empresas”.

A parlamentar ainda destaca que a dependência dos ônibus, como único meio de transporte coletivo, impacta diretamente no bolso e na qualidade de vida da população. “Com um transporte coletivo de péssima qualidade, quem possui a alternativa de usar veículo próprio tem optado por isso. O resultado é um trânsito caótico, com filas intermináveis onde as pessoas perdem horas do seu dia, que poderiam ser dedicadas aos estudos, à família, ao descanso e ao lazer. Isso também impacta a produtividade e a saúde mental da população. De carro ou de ônibus, as pessoas já chegam cansadas e estressadas no trabalho ou em casa. Esse é o custo que não tem sido mensurado pelas empresas e pelo poder público”.

A Câmara Municipal de Florianópolis retoma os trabalhos legislativos no dia 3 de fevereiro e o requerimento para a criação da Frente Parlamentar pela Mobilidade Urbana deve ser votado ao longo das suas primeiras sessões. Caso seja aprovado, a ideia de Carla Ayres é também ampliar as discussões de modo a envolver parlamentares e gestões de outros municípios da região metropolitana de Florianópolis.

1 COMENTÁRIO

  1. Para ir do Morro das Pedras ao Rio Vermelho, usando os ônibus imundos e subsidiado,são duas horas e meia. O mesmo tempo que demora para ir da Amsterdam centraal stacion a Paris Gare Du Nort. Por que Terezinha no Piauí tem metro e Florianópolis não tem?

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