Privatização ou entrega do patrimônio público?

 

Por Dinovaldo Gilioli, ex-conselheiro de Administração da Eletrosul/Eletrobrás

A desejada privatização da Eletrobras pelo governo federal, disfarçada de capitalização, é um dos mais inaceitáveis absurdos da história recente do Brasil.

O presidente Jair Messias Bolsonaro, quando candidato, prometeu não privatizar empresas dos setores estratégicos. O setor energético, além de estratégico, é um dos principais indutores de desenvolvimento econômico e social. Por isso que a maioria das nações no mundo o mantém sob a tutela, o controle do Estado. Por ser também uma ferramenta importante para reduzir ou minorar as graves consequências da desigualdade social, fato gritante no Brasil.

Não bastasse tudo isso, o processo de privatização da Eletrobras é eivado de inconsistências jurídicas, econômicas e sociais. É um projeto que traz prejuízo direto ao Brasil, enquanto nação que se pretende soberana. Além de prejudicar ainda mais a vida do povo, onde a maioria tem que escolher entre pagar a conta de luz ou comer.

Se a pretendida privatização ocorrer, a situação precária do povo irá se agravar com o aumento da conta de luz. Nesse sentido, Senhores ministros, Senhora ministra, apelo para a importância histórica do TCU, que pode legitimar um processo ilegal, imoral e inconsequente, ou barrar essa insanidade política que só atende interesses escusos de uma minoria, em detrimento das reais necessidades do Brasil e de sua já sofrida gente.

1 COMENTÁRIO

  1. Dino, sempre com análises profundas. Ainda nos resta uma esperança- outubro já bate as nossas portas. Haveremos de derrotar este projeto nefasto á sociedade brasileira.

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