OMS alerta sobre explosão de doenças em Gaza

Palestinos fazem fila para comer em Rafah. Foto: Fatima Shbair/AP Photo

Por Altamiro Borges.

A Organização Mundial de Saúde divulgou nesta sexta-feira (19) um alerta sobre a “explosão de doenças” na Faixa de Gaza. A destruição da infraestrutura básica, o deslocamento de 1,7 milhão de palestinos, a falta de hospitais e de saneamento são as principais causas da tragédia. Os dados da OMS são alarmantes:

– 223.600 casos de infecções respiratórias em abrigos;

– 158.300 casos de diarreia, incluindo 84.000 entre crianças com menos de cinco anos;

– 68.700 casos de piolhos e sarna;

– 6.600 casos de varicela;

– 44.550 casos de erupções cutâneas;

– 7.529 casos presumidos de hepatite.

O raio-x da tragédia humanitária é devastador, conforme aponta Jamil Chade no site UOL com base nos dados da OMS. “Mais de 1,7 milhão de pessoas foram desalojadas de suas casas e estão vivendo em abrigos superlotados. Em média, 500 pessoas compartilham um banheiro e mais de 2.000 compartilham um chuveiro, sendo que, às vezes, não há banheiros disponíveis nos abrigos. A falta de banheiros e serviços de saneamento forçou as pessoas a defecar ao ar livre, aumentando a preocupação com a disseminação de doenças”.

Lugar mais perigoso do mundo para as crianças

“As atividades de vacinação de rotina interrompidas, bem como a falta de medicamentos para o tratamento de doenças transmissíveis, aumentam ainda mais o risco de disseminação acelerada de doenças. Isso é agravado pela cobertura incompleta do sistema de vigilância de doenças, incluindo a detecção precoce de doenças e as capacidades de resposta… Inúmeros indivíduos sem acesso a instalações de saúde podem não estar sendo diagnosticados, o que indica que a situação pode ser mais grave do que parece”.

Já o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) tem alertado que “Gaza é hoje o lugar mais perigoso do mundo para ser uma criança”. O número de casos de diarreia entre os menores de cinco anos nos últimos três meses foi 26 vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2022. “Se essa situação continuar, vamos ver mais mortes por conta de fome e doenças, que por bombas”, garante Ted Chaiban, vice-diretor do órgão.

Além de já ter assassinado 25 mil palestinos e de ter ferido outros 61 mil – afora milhares que ainda estão sob escombros dos prédios destruídos –, o Estado terrorista de Israel dissemina doenças, que matam principalmente as crianças. É um verdadeiro genocídio, uma limpeza étnica – que a TV Globo e toda a mídia pró-sionista acobertam.

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