Mulheres de presos da Lava Jato criticam local de revista íntima

Mulheres e mães de presos do Complexo Médico Penal de Pinhais, incluindo detidos pela Lava Jato, reclamaram das condições da revista íntima. Em 5 de janeiro, elas mandaram uma carta à administração do presídio relatando lixo, ratos, fezes de pássaros e mau cheiro no local.

“O pátio de visitas, o lugar onde os custodiados e seus familiares tem a possibilidade de passar algumas horas reunidos para fazer uma refeição, é igualmente um lugar sujo, com teias de aranha pelas paredes, ratazanas correndo pela calçada, com fezes de aves espalhadas pelo chão e todo tipo de detritos que vão se acumulando no piso, nas mesas e bancos pela falta de limpeza frequente”, escrevem as mulheres.

Dois dias depois da reclamação, foi feita uma reforma e limpeza no local. Instalaram barra de agachamento, 1 novo espelho e ventilador. Um scanner corporal foi comprado e será instalado em 30 dias. O aparelho exclui a necessidade da revista íntima.

Na hora de se abaixar sem roupa em cima de 1 espelho, as mulheres tinham que se apoiar no braço de uma cadeira bamba. Claudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, teve que fazer isso com a perna quebrada.

O local comporta cerca de 700 presos. Além dos presos de operações especiais, há detentos que precisam de cuidados médicos, agentes de segurança e detentos com mais de 60 anos. A iniciativa da carta é de mulheres de presos de todas as alas e recebeu apoio das ligadas aos presos da Lava Jato.

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