IBGE promove dia do Censo neste sábado na Favela da Grota

    Ação nacional de mobilização visa aprimorar números e aumentar visibilidade para subsidiar políticas públicas.

    Imagem: http://wikimapia.org/

    Por Agência de Notícias IBGE/Sueni Santos.

    O Censo 2022 está na fase de apuração dos dados, a reta final da coleta, e o IBGE tem feito alguns esforços para não deixar ninguém de fora. Em Santa Catarina, neste sábado, 25, na capital, a partir das 9h30, o Instituto promove o Dia do Censo na Favela da Grota, no bairro Monte Cristo. A ação faz parte do Favela no Mapa, um ato de mobilização nacional, apoiado pela Central Única das Favelas (Cufa) e Data Favela, que conta com a presença do IBGE em favelas e comunidades em todas as capitais do país.

    A parceria com lideranças locais da Cufa possibilitará aos recenseadores chegar a uma população ainda não recenseada, que reside em locais de difícil acesso, seja pela densidade das moradias e ausência de endereços, ou por negativas de algumas pessoas que preferem não prestar informações. Com as portas das comunidades abertas por lideranças locais, a ideia é facilitar a aproximação com os moradores.

    Durante a ação, uma equipe de recenseadores fará a visita acompanhada por guias locais e outros servidores distribuirão panfletos. O objetivo é conscientizar a população que mais do que um dever, responder ao Censo é um direito de todo cidadão. Esclarecer que o recenseamento não se trata de uma ação de fiscalização e que essas informações são necessárias tanto para adoção de políticas públicas, incluindo atenção à saúde, educação, infraestrutura, quanto para representatividade e visibilidade de instituições privadas e programas de organizações sociais.

    O conceito Aglomerados Subnormais surgiu no Censo de 1991. Tratam-se de áreas caracterizadas por um conjunto de ocupações irregulares que possuem pelo menos uma precariedade de serviços públicos essenciais, como ausência de esgoto, coleta de lixo, fornecimento de água ou energia elétrica; e urbanização fora dos padrões vigentes, com lotes desiguais ou vias estreitas.

    De relevância nacional, o Censo serve como subsídio para políticas públicas, incluindo especialmente as habitacionais. Além disso, um dos desafios apontados pelo IBGE de retratar a diversidade, é que quando há realidades muito distintas na mesma área, a média fica afetada. Por isso a necessidade de aprimorar os dados dessas regiões com maior carência. Desde 2010, o uso de imagens de alta resolução permitiu grandes avanços na identificação e delimitação desses territórios.

    Aglomerados Subnormais em SC em números

    O Censo de 2010 indicou que 75,7 mil catarinenses residiam nessas áreas de habitação, correspondendo a 1,21% da população do estado e 0,66% da população de aglomerados subnormais do país, na época com 11,4 milhões de brasileiros. Neste Censo, segundo balanço de até janeiro de 2022, 105 mil catarinenses recenseados residiam nessas áreas de habitação, correspondendo a 1,49% da população recenseada do estado e 0,73% da população de aglomerados subnormais do país, com 14,4 milhões de brasileiros.

    De acordo com o mapeamento feito em caráter preliminar das áreas classificadas como Aglomerados Subnormais em 2019, pesquisa realizada como preparação para o Censo 2022, estimou-se 171 aglomerados subnormais em 31 municípios catarinenses, a maioria deles em Blumenau (42) e Florianópolis (28). A estimativa era de 32,4 mil domicílios.

    Aglomerados em SC – Censo 2010
    Número de aglomerados no estado: 74
    Domicílios: 21.769
    População recenseada: 75.737 pessoas (49,9% homens; 50,1% mulheres)
    População por cor ou raça: 71,2% brancos; 21,2% pardos; 7,1% pretos; 0,3% amarelos; 0,2% indígenas
    Pessoas alfabetizadas: 92,1%
    Média de moradores por domicílio: 3,5
    Rendimento mediano: R$ 510 (ante os R$ 750 do estado)
    57,3% recebiam até 1 salário mínimo; 42,6% acima de 1 salário mínimo
    Acesso à energia elétrica: 97,9%
    Acesso à água tratada: 94%
    Acesso à rede de esgoto adequada (tratada + fossa séptica): 77,3%
    Domicílios com coleta de lixo: 98,8%

    Superintendência Estadual do IBGE em Santa Catarina
    Seção de Disseminação de Informações
    24 de março de 2023

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