Fala Tu: a poesia que vem das ruas

Reprodução

Quando pensamos a realidade social brasileira na sua totalidade, traços da desigualdade, assim como da diversidade cultural e étnica existente evidenciam reflexões pertinentes. A arte como elemento de transformação social, impulsiona a criação de uma realidade mais inclusiva e consciente.

Nesta semana, na segunda-feira (23), em São Luiz do Maranhão, foi lançada a coletânea de poesias “Fala Tu: a poesia que vem das ruas”, uma iniciativa da produtora cultural Joana Golin da Casa da Mãe Joana contemplada pela Lei Adir Blanc em 2021. A ideia foi reunir poetieses que declamam poesias faladas em saraus, slams e batalhas de rima e nunca tiveram seus poemas publicados em livro. Três poetas de regiões periféricas foram chamados para realizar a curadoria da produção, Tairo Lisboa, Debs e Paulo Freire. Posteriormente, foram selecionados 4 poetieses para completar a coletânea: Failon Aletos, Gabriel Campelo, André Bandeira, Isabela Leite e Pietra (Poeta Marginal) – a primeira travesti slamer e batalhadora do Maranhão.

De acordo com Joana, quando o trabalho é coletivo “a gente alcança uma qualidade muito maior em termos literários, de criação artística e em vários sentidos, porque são várias pessoas pensando e trazendo conhecimento, linguagens”.

A produtora também relata que o intuito foi trazer pessoas ligadas com arte de protesto.

“É um conteúdo totalmente político. São poesias que retratam, por exemplo, a vida de uma mulher trans, de uma mulher periférica, dizimação que povos indígenas estão sofrendo, tudo isso que a gente está vivendo, da desvalorização da arte e cultura, deste estado de sítio.”

Como o trabalho é de pessoas que nunca tiveram publicado suas poesias, a capa apresenta a obra da artista de Tárcila Custódis, com a representação de Exu. Orixá guardião da comunicação, que faz parte das religiões originárias da África, como Candomblé e da Umbanda. “Ele vem abrindo caminhos para estes poetas, para essa poesia, essa literatura. Nós estamos pedindo a abertura de caminhos para esses artistas e proteção do povo de rua. 

Quem sentir em adquirir este livro, pode entrar em contato com Joana, através do WhatsApp: 98 7018-1434.

Para assistir à entrevista completa acesse:

Quem pode ser favorável à chacina de Vila Cruzeiro? Por Jair de Souza.

 

 

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