Vereadora Tereza Capra, cassada em SMO, se emociona perante o apoio nacional

 

“Não tem como não se emocionar com esse gesto que vocês estão fazendo (…) É a primeira vez que na frente da tela eu não consigo conter minha emoção, dada a grandiosidade e o simbolismo de cada um que está aqui e que trás a sua mensagem, mas sobretudo toda sua força e história de luta”. Foram essas as palavras iniciais de Maria Tereza Capra no ato público nacional virtual realizado nesta manhã (10/02) em desagravo à sua pessoa.

A edição 419 do Jornal das Trabalhadoras e Trabalhadores – JTT foi dedicada à mobilização virtual promovida e realizada pelo Comitê Popular de Luta do Campeche e pela Cooperativa Comunicacional Sul, com o Apoio do Movimento Humaniza Santa Catarina e a realização do Portal Desacato.

Passaram pelo ato parlamentares, lideranças, comunicadores, lutadores sociais que consideram que as agressões vividas pela Vereadora Maria Tereza Capra merecem a atenção de todos os defensores da democracia do Brasil. Contamos com a participação do Leonel Camasão (PSOL), Vanda Gomes Pinedo (MNU), Carlos Valter Porto Gonçalves, Brisa Campos (Articulação Psicólogas pela Democracia), Rosane Martins (8M), Raul Fitipaldi (Portal Desacato), Ana Paula Lima (deputada PT), Ideli Salvatti (ex-senadora PT), Laurindo Lalo Leal (professor e jornalista), Marquito (vereador PSOL), Elenira Vilela (PT), Luis Scheibe (UFSC), Telia Negrão (Mandato Deputada Maria do Rosário), José Genoíno (ex-presidente nacional do PT), Lino Peres (PT), Ruy Wolf (Comitê Popular de Luta do Campeche), Carla Ayres (PT), Luiz Fernando, Chico Viana (BHZ), Prudente José Mello (Advogado pela democracia) e Wilson Santin (MST).

A vereadora Maria Tereza Capra teve seu mandato cassado por repudiar a manifestação nazista ocorrida em São Miguel do Oeste – SC. É crime previsto em lei a apologia ao nazismo, portanto, é inaceitável que cidadãos cantem o hino nacional brasileiro fazendo a saudação nazista. É urgente a necessidade de rechaçar o crescimento de forças da extrema direita que, em Santa Catarina, geram uma onda de violências políticas de gênero, com ameaças de morte que atingem além de Maria Tereza Capra, Carla Ayres, de Florianópolis, Marlina Oliveira, de Brusque, Ana Lúcia Martins, de Joinville – todas do PT, e Giovana Mondardo, de Criciúma, do PCdoB.

A cassação da vereadora é uma violência que atinge todo o campo progressista, em especial da cidade de São Miguel do Oeste. Capra disse que “temos a missão de combater de modo intransigente o avanço dessas práticas neofascistas, neonazistas, autoritárias” e concluiu: “eu vou voltar para a câmera de vereadores”.

Além da cassação, Capra foi vítima de ameaças. Recebeu dois e-mails anunciando que não bastava ter seu mandato cassado, tinha que ser eliminada, bem como sua família. “Nós estamos em risco, mas nos esconder é pior, nos calar é pior”, disse a vereadora.

A apresentadora Rosangela Bion de Assis finalizou o ato nacional conclamando “que somemos as vozes e a capacidade de disseminação de informação para dizer um grande basta às perseguições e violências vividas por todos e todas que buscam um futuro digno e democrático para o nosso estado e para o nosso país”.

Assista ao ato completo acessando o link abaixo: 

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