Política de gratificações do governo arrocha salário dos servidores

Plano de lutas 2

Por Marcela Cornelli, para Desacato.info

Foto: Clarissa Peixoto

Na tarde do terceiro dia do 8º Congresso Estadual do Sindprevs/SC foi debatido sobre o Plano de Lutas e as reinvindicações dos servidores do INSS, Ministério da Saúde e Anvisa. Na mesa Cleuza Maria Faustino, diretora da Fenasps, Giulio Césare da Silva Tártaro, diretor do Sindprevs/SC e representante do Devisa/Fenasps e José Campos Ferreira, diretor da Fenasps. Os palestrantes realizaram um histórico das lutas dos segmentos, das bandeiras de luta e perspectivas e prioridades das lutas para os próximos períodos. Entre as lutas mais importantes estão a incorporação das gratificações e a paridade entre ativos e aposentados.

“O governo em 2008 regulamentou a gratificação no Ministério da Saúde e em 2010 no INSS. O governo chama a Gdass e a Gdpst de Carreira”, disse Cleuza. Ela lembrou que a Mesa Nacional de regulamentação do MS apesar de não ter grandes avanços, debateu algumas questões como os 100 pontos para os cedidos. Na greve de 2012 foi negociado o não desconto dos servidores das Saúde. “Nós sabemos com qual governo estamos negociando. É um governo que não preserva os direitos dos servidores”.

“O governo federal divide as categorias e não valoriza os servidores ativos, nem os aposentados. O governo deve apresentar uma proposta nova tabela salarial logo após à Copa. Mas, a concretização desta tabela só vira com mobilização e luta”, finalizou.

Giulio Césare da Silva Tártaro, representante do Devisa/Fenasps, disse que a Fenasps é única entidade que entende que a Anvisa tem quer ter uma Carreia. Outras entidades priorizavam somente as tabelas. “O nosso vencimento está artificial. Quando nos aposentarmos não vamos levar nada”.
“Depois do acordo de 2013 o governo formou mais um grupo de trabalho que não avança na discussão da Carreira. Faltam servidores e agora com a Copa do Mundo tudo está um caos no país. Com este efetivo não conseguimos fazer o nosso trabalho. Agora, na Copa, o governo quer formar um grupo para emergência em caso de epidemias com pessoas que nunca trabalharam na área. Nós vamos denunciar isso no Ministério Público Federal o risco que a população está correndo”, disse Giulio.

“O que nos aflige mais é não termos concurso, a falta de servidores e de capacitação dos trabalhadores e as distorções na Carreira. Nosso plano de lutas hoje tem como prioridade a Carreira”.

José Campos Ferreira, diretor da Fenasps, lembrou que tiraram o fundo de garantia dos servidores porque eles tinham estabilidade e integralidade. Mas agora não há mais paridade e a estabilidade é relativa. Além disso, os novos servidores terão que pagar Previdência Complementar. “A pulverização no Ministério da Saúde e o ritmo de trabalho no INSS dificultam a nossa organização nos locais de trabalho. Precisamos nos reorganizar nos locais de trabalho. As mesas nacionais são mesas de enrolação. É muito fácil falar com este governo. Eles nos recebem, nos ouvem e nos dão razão, mas nada acontece. Precisamos encontrar um caminho para ficar mais próximos dos locais de trabalho e reorganizar a luta. Não existe caminho sem luta.”

Amanhã dia 31/5, último dia do 8º Congresso Estadual do Sindprevs/SC, acontecerão os grupos de trabalho para elaboração de propostas e encaminhamentos para a luta, que serão levadas à Plenária Final.


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