CUT-SC abre sua 14º Plenária com cerimonial em memória aos 50 anos do golpe civil-militar

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    Por Sílvia Medeiros. 

    Foto: Graciela Fell.

    A plenária iniciou na manhã desta quinta-feira, dia 29 de maio, no Hotel Canto da Ilha da CUT, em Florianópolis e conta com a participação de mais de 300 trabalhadores de diferentes categorias. A plenária é um encontro previsto no estatuto e tem como objetivo atualizar as discussões de conjuntura, fazer um balanço das ações e, caso necessário, definir novas resoluções, reafirmando ou definindo algumas prioridades.

    Anna Julia Rodrigues, professora de Florianópolis, secretaria geral da CUT-SC e coordenadora da 14° Plenária destacou a expectativa destes três dias de debate e avaliações. “Construímos uma plenária que pretende avaliar as ações da CUT em defesa da classe trabalhadora, mas além disso, queremos fazer uma avaliação do atual cenário político e a necessidade de enfrentamento com as forças do capital, cada vez mais severas e que explora os trabalhadores”, declarou Anna Julia.

    Relembrar a luta pela democracia é relembrar a história da CUT – “50 anos do golpe civil-militar: pelo direito à

    Teatro reproduziu cenas de opressão na história do Brasil

     verdade e a justiça” foi o tema da plenária, escolhido pela direção estadual, com o intuito de fazer uma reflexão sobre o período de ditadura do Brasil, que aconteceu de 1964 à 1985 e deixou marcas na história de luta de todos os brasileiros, em especial à classe trabalhadora.

    Na mística de abertura, com a dinâmica do Teatro dos Oprimidos, em que coloca as pessoas como sujeito da peça, um grupo de dirigentes e militantes encenaram um teatro que trouxe a história do país e como o Brasil foi construído com exploração das pessoas e com a reação dos povos, frente as situações de injustiça.

    A representante do Coletivo de Memória, Verdade e Justiça de Santa Catarina, Maria Lucia Haygert, participou da mesa de abertura da Plenária e parabenizou a CUT pela escolha do tema. “Quando avaliamos, quem foram os perseguidos, os presos, mortos e torturados durante o regime militar, fica evidente a perseguição aos representantes da classe trabalhadora, por isso não temos dúvida em afirmar que o golpe, foi um golpe de classes”, salientou ela.

    Papel da CUT na disputa de hegemonia – A abertura da Plenária também contou com a presença de deputados e deputadas estaduais e federais da bancada do PT, que fizeram uma avaliação da importância da organização dos trabalhadores na disputa de hegemonia na sociedade e a necessidade de continuidade de uma política pautada nos avanços de distribuição de renda e conquista de direitos para a classe trabalhadora.

    Rosane Bertotti, agricultora familiar de Xanxerê e Secretária de Comunicação da CUT Nacional, destacou o papel importante da CUT na luta por democracia no Brasil e na conquista de direitos aos trabalhadores. “Cada direito conquistado tem a marca da CUT, mas ainda precisamos ter capacidade de organização no local de trabalho”, Rosane salientou também a luta que a central esta encampando neste ano, o Plebiscito por uma Constituinte da Reforma Política, que vai acontecer na primeira semana de setembro e está sendo organizado por diversos movimentos sociais, entre eles à CUT.

    O protagonismo da CUT nas lutas em prol dos trabalhadores é reconhecido mundialmente, tanto que no último dia 23 de maio, o professor de São Paulo, ex-presidente da CUT e atual Secretário de Relações Internacionais da Central, foi eleito presidente da Confederação Sindicais Internacionais, a última instância de organização dos trabalhadores. “Hoje a maior autoridade sindical do mundo é CUTista”, destacou Neudi Giachini.

    Mais de 300 trabalhadores estão reunidos na 14º Plenária da CUT-SC

    Na parte da tarde uma mesa composta pelo dirigente da CUT Nacional, Roni Barbosa, o supervisor técnico do DIEESE-SC José Álvaro Cardoso e representantes das correntes políticas participaram de um debate de conjuntura nacional e estadual e os desafios para a CUT.

    Durante toda a plenária serão debatidos temas de organização da central no estado como a Marcha dos Catarinenses,  recomposição da direção estadual, avaliações políticas para as eleições de 2014, plebiscito da reforma política, debate do texto base da nacional e eleição dos delegados para participar da Plenária Nacional da CUT, que vai acontecer entre os dias 28 de julho a primeiro de agosto.

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