Mulheres organizam debates online sobre maternidade no Mês das Mães

Coletivo Pachamamá debate “Matrifocalidade, identidades e lutas maternas em tempos de pandemia”

Com apenas 16 anos, Diene Silva, moradora de Barcarena, teve o primeiro filho de forma prematura. O bebê, uma menina, nasceu de sete meses e pesando pouco mais de um quilo na maternidade da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, em Belém. Mas graças ao Método Canguru ela já ganhou quase 500 gramas e vem se desenvolvendo muito bem.
FOTO: CRISTINO MARTINS / AG. PARÁ
DATA: 30.07.2017
BELÉM – PARÁ

Por Cida Alves.

Coletivo Pachamamá divulgou programação online com uma série de debates sobre maternidade, ou maternância, como o Coletivo gosta de destacar. Por conta da pandemia de covid-19, os debates serão realizados por meio das redes sociais, e não nas comunidades, como almejado pelo grupo.

“Este ano, não poderemos ocupar os espaços e estar dentro das comunidades, como gostaríamos, então a nossa arena de luta será a internet, com uma agenda pensada para todo o mês de maio”, relata Carolina Porto, zootecnista e produtora cultural do Coletivo Pachamamá.

Ao todo, serão cinco debates, transmitidos de 8 a 31 de maio no Instagram (@coletivo_pachamama) e no Facebook (facebook.com/coletivopachamama). O primeiro deles, nesta sexta-feira (8), abordará o tema “Maternidade produtividade e trabalho em tempos de isolamento social”.


Programação online debate maternidade / Divulgação

Segundo ela, a ação tem como objetivo desromantizar o Dia das Mães e deixar acesas as reflexões sobre a militância materna, a maternância. Durante a quarentena nota-se uma pressão ampliada sobre as mães dentro dos lares porque, além da produtividade do trabalho em tempos de pandemia, elas têm que lidar com as crianças o tempo todo em casa.

Programação

A programação conta também com uma live sobre as mães pretas e resistência, intitulada “Maternância preta – resistência e fortalecimento das mães pretas em tempos de pandemia”. O debate terá como foco o fortalecimento de mães pretas, mas também a desconstrução do 13 de Maio, já que este não é dia de negro, e o que as mães pretas vêm sofrendo ao longo de séculos no país”.

A agenda ainda trará temas sobre direitos das mães e crianças no contexto atual, saúde mental das mães e a militância materna, mães e diversidade de raça, classe, sexualidade e território, ampliando as reflexões e debates acerca das identidades maternas possíveis.

“Infelizmente, essas reflexões não chegarão ao máximo de mães que gostaríamos caso estivéssemos dentro das comunidades, porque nesse contexto de desigualdade social, sabemos que as que mais sofrem, as que são mais atingidas, são as mulheres mães. E a maior parte ainda não dispõe de internet, ou de um aparelho celular que possibilite estar transitando nesse espaço cibernético”, enfatiza Carolina.

Doações

Além dos debates online, o Coletivo Pachamamá também vai arrecadar alimentos, fraldas, brinquedos e roupas durante todo o mês de maio para entregar às mães em situação de vulnerabilidade social. A programação também está disponível nas redes sociais do Coletivo, no  Instagram e Facebook.

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