Direita vence eleições regionais em Madri

SAMUEL SÁNCHEZ / EL PAÍS

Com quase 100% das urnas apuradas, o direitista Partido Popular da governadora de Madri e candidata à reeleição, Isabel Díaz Ayuso, venceu nesta terça-feira (04/05) as eleições regionais madrilenas.

Até o momento, a legenda de Díaz Ayuso soma 65 cadeiras na Assembleia madrilena, obtendo 44,72% dos votos, enquanto o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) alcançou 16,86%, o que lhe dá 24 cadeiras. A sigla do atual primeiro-ministro Pedro Sánchez está atrás do Mais Madri, que angariou o mesmo número de assentos, mas conta com 16,96% dos votos.

Enquanto isso, o partido da extrema-direita, o Vox, conquistou 13 cadeiras e o aliado de esquerda do PSOE no governo nacional, o Podemos, contabilizou 10 lugares. A Assembleia da capital da Espanha é formada por 136 cadeiras, sendo necessários 69 assentos para obter maioria.

Com esse cenário, para que consiga maioria na casa, Díaz Ayuso precisará formar alianças no legislativo. A imprensa local da Espanha aponta que o Partido Popular pode formar uma coalização com o Vox, totalizando 75 cadeiras.

Em uma possível aliança entre as siglas progressistas, uma coalizão entre o PSOE, Podemos e Mais Madri, pode contabilizar 58 assentos na Assembleia, não o suficiente para formar maioria. O partido liberal Ciudadanos, que não alcançou o patamar dos 5% dos votos necessários para angariar assentos, passou de 26 deputados para nenhum neste pleito.

Em frente à sede do partido, os principais dirigentes do PP, Pablo Casado e Díaz Ayuso, celebraram a vitória que consideraram um “triunfo da liberdade” e um “primeiro passo” para as próximas eleições nacionais.

Os novos eleitos da capital espanhola tomarão posse no dia 8 de junho e terão no máximo 15 dias para propor o nome do próximo presidente do governo local. Em Madri, uma comunidade autônoma, o governador da região é chamado de “presidente da comunidade de Madri”. Ou seja, Díaz Ayuso tem mais de um mês e meio para negociar e selar uma aliança caso o número final a obrigue buscar negociações.

Apesar da eleição ter sido em meio à pandemia do novo coronavírus, a participação foi recorde. Mais de 80,7% dos madrilenos votaram, o que é quase 16,5 pontos percentuais a mais do que nas eleições de 2019.

No território de Madri, a eclosão da pandemia do coronavírus abalou a região. Em março de 2020, a capital espanhola teve de improvisar hospitais de campanha e um necrotério. Com 15 mil mortes de um total de 78 mil no país, a região registra uma das piores incidências devido à covid-19, com 45% de seus leitos de terapia intensiva ocupados por pacientes com a doença.

O resultado destas eleições só será válido por dois anos, uma vez que os madrilenos terão de voltar a votar em 2023, altura em que será realizada as eleições legislativas nacionais.

(*) Com Télam.

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