Compra do twitter pelo reacionário Elon Musk entusiasma família Bolsonaro e sua base

Foto: Divulgação

A compra do Twitter por Elon Musk reabriu o debate sobre o controle do conteúdo que pode ou não ser postado nas redes sociais. Musk que agora profetiza em nome de uma abstrata “liberdade de expressão”. Outrora criticou o Facebook e Whatsapp por contribuirem com a invasão do Capitólio e chamou à usar o Signal. Para relembrar, o Twitter suspendeu a conta de Donald Trump porque caracterizou como incitação à violência as postagens do ex-presidente que chamou de patriota as pessoas que invadiram o Capitolio.

Mas essa “liberdade de expressão” não tem um conteúdo absoluto, único. Devemos nos perguntar: quem controla essa liberdade? quem tem direito de usar essa liberdade? estão todos nas mesmas condições?

As redes sociais se tornaram a principal praça de manifestação pública de opinião, na atualidade. E, assim como as demais redes sociais, o Twitter sempre foi controlado por grandes empresários e passa agora para as mãos do empresário mais rico do mundo. Então quem controla o algorítimo que implica no alcance de cada postagem, que tipo de comportamento de interação com postagens gera mais alcance etc, são os donos dessas redes sociais: grandes empresários. Como qualquer capitalista, age para garantir seus interesses políticos e econômicos. E a liberdade de expressão que defendem está condicionada à isso.

Musk se tornou o homem mais rico do mundo extraindo toda a energia dos trabalhadores que, como denúniou o Washinton Post, chegam a desmaiar enquanto trabalham de tão extenuante a jornada de trabalho. Em sua fábrica de Shangai, determinou que os trabalhadores dormissem dentro da fábrica para manter a produção durante a pandemia. Em 2019, se pronunciou à favor do golpe de estado na Bolívia que levou a extrema-direita ao poder.

A liberdade que o multimilionário excêntrico Elon Musk defende é a liberdade de explorar os trabalhadores até a morte, enquanto ele passeia pelo espaço.

Aqui no Brasil, Bolsonaro e outros bolsonaristas que já tiveram publicações apagadas pela empresa por fakenews sobre a covid-19, ataques ao STF, racismo, comemoraram a compra da empresa por Musk e “essa tal liberdade” para os capitalistas. Algumas das contas da família Bolsonaro, Marco Feliciano, Elio Lopes e Carla Zambeli aumentaram de forma extraordinária o número seguidores. Há suspeitas que esse aumento seja artificial como resposta ao anuncio de Musk de que faria uma autenticação para saber se as contas são humanas ou robôs.

No combate contra a extrema-direita e suas manifestações racistas, misógenas, homofóbicas, xenófobas e contra os trabalhadores, as insituições do estado capitalista, como o STF, não serão aliadas. Como é possível comprovar em mais uma medida autoritária e arbitrária do STF que autorizou o governador do estado de MG, Romeu Zema (Novo) a não pagar o reajuste aos trabalhadores da educação que conquistaram aumento superior a 10% fruto de forte greve.

A extrema-direita deve ser combatida nas ruas, com organização da juventude trabalhadora que estão nos aplicativos, nas fábrica, nas escolas e universidades. Assim como a decisão sobre o conteúdo e algoritmo das redes sociais deve ser arrancada das mãos dos multimilionários e passar para o controle da classe trabalhadora e da juventude que são a maioria da sociedade, como parte da luta pela socialização dos meios de comunicação.

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