
Por Flávio Carvalho.
Se o Vaticano é um Estado e o Papa, Chefe de Estado, o sistema “político” de escolha dos votantes no novo Papa (com os votantes escolhidos pelo anterior), não tem algo de estranho?
Imagine Trump escolhendo os votantes do seu sucessor, que cabem dentro de uma sala bonita…
Ah, Flavio, mas é mais que um Estado… (então, por querer ser um Estado, político, não deveria respeitar a regra “divina” da política moderna, a democracia?)
Sabias que os trabalhadores do Vaticano são proibidos de ter sindicato e obrigados a dever lealdade (deveres sem direitos, oposto do conceito de cidadania) às piores regras trabalhistas (de inveja a qualquer ditadura)?
Sabias que isso da infalibilidade papal (ninguém pode questionar o que o Papa fala ou decide) é uma invenção moderna na larga tradição de dogmas (aquilo que nao pode nem ser questionado, senão já mandou muita gente pra fogueira, desde a Santa Inquisição) do chamado catolicismo “moderno”?
Você já parou pra pensar nisso?
Se Francisco era tão progressista e infalível, porque não conseguiu implantar aquilo que ele mesmo queria? Igualdade entre homens e mulheres?
Amor ao próximo (seja quem for e como for)?
Acabar com a morte de mulheres pobres (que nem querem abortar mas necessitam disso para seguir vivendo)? Enquanto, isso, se só Deus pode tirar a vida, porque fascistas que se dizem católicos defendem a pena de morte onde morrem sempre os mais pobres?
Qual o papel do Vaticano nas ditaduras ocidentais, golpes, genocídios, ativamente ou passivamente?
Ah, Flavio, faz tempo…
Assumiu, pelo menos, culpa?
Sabias que em alguns países, com milhares de famílias sem casa, sobrevivendo na rua, a igreja católica como instituição chega a ser a maior proprietária de imóveis, sem pagar imposto nenhum?
Porque a leitura interpretativa da Bíblia seria o argumento mais forte para contra-argumentar o que o personagem principal, o próprio Cristo, teria dito, mas que acontece o contrário?
Ou lhe botam palavras na boca ou interpretam aquilo que Ele nunca disse, nem quis dizer?
Carpe Diem.
Memento Mori.
Habemus respeito ao que opino, livre?
@1flaviocarvalho

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