Numa decisão que está sendo considerada como histórica, a ONU aprovou uma recomendação para reclassificar a maconha e, assim, abrir espaço para seu uso médico mais amplo. A nova classificação retira o produto de uma lista de narcóticos mais perigosos, como a heroína. Mas todas as demais resoluções propostas para garantir maior liberdade de uso não foram aprovadas.
O Brasil votou contra a proposta, assim como China, Egito, Rússia ou Turquia.
Na América Latina, os governos do Uruguai, Colômbia, Equador e México foram favoráveis, além de grande parte da Europa, EUA e Canadá.
Para Steve Rolles, analista da Transform Drug Policy Foundation, a mudança representa o fim de uma classificação mais proibitiva e “é o reconhecimento de que tem uso médico”. “Isso vai facilitar acesso a remédios com base e pesquisa”, afirmou. Para ele, a decisão corrige um “erro histórico”, tomado há 60 anos.
A decisão foi feita pela Comissão de Narcóticos da ONU, composta por 53 países. Uma recomendação havia sido feita pela OMS neste sentido. Mas precisava passar por uma votação no organismo que administra o tema. (…)
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