Depois da grande mobilização que levou cerca de 400 funcionários a ocuparem a Casa da Moeda na última sexta-feira (10), contra o sucateamento da empresa pública que está no pacote de privatização do ministro da Economia, Paulo Guedes, sindicatos devem levar as demandas à direção da estatal nesta segunda (13). No entanto, não há chance de nova greve, segundo a Folha de S. Paulo.
A manifestação de sexta aconteceu por volta da hora do almoço, após uma entrevista concedida pelo diretor da instituição, Fábio Rito, à Globo News, dizendo que seria necessário promover cortes para “tornar a empresa competitiva”. Neste momento, um grupo de funcionários que estava no refeitório se levantou e aplaudiu, ironicamente, a mesa dos diretores, de acordo com Aluizio Junior, presidente do sindicato de trabalhadores da Casa da Moeda.
“Ele [Rito] disse que gasta 46% com pessoal, mas esqueceu de falar do contexto: era 12% no máximo até a retirada do selo de controle da bebida em 2016, que gerava faturamento de R$ 1,5 bilhão”, afirma Junior.
De acordo com relatos, a diretoria da Casa da Moeda chamou a polícia para conter a ocupação, mas os trabalhadores permanecem no local. “O que provocou a revolta? Eles tiram nossa insalubridade em cima do piso da casa. Tiram nosso vale alimentação. Tiram nosso cartão remédio. Aumentam o plano de saúde em 75% para os dependentes. Tiram a creche. Tudo isso já é motivo suficiente para nos revoltarmos e ainda ouvir um diretor falar que tem que privatizar? Aí não dá!”, relatou um moedeiro.
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