Sem Terra estão cada vez mais perto de conquistar assentamento em SC

Por Fábio Reis.

PapuãDepois da audiência realizada nesta segunda-feira (1) com o juiz agrário Rafael Sandi, da 2º Vara Cível do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, as famílias do Acampamento Euclides dos Santos Rodrigues, em Abelardo Luz, conquistaram um prazo de permanência na Fazenda Papuã até o dia 15 de janeiro de 2015.

Durante esse período, cabe ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) fazer o cadastramento das 530 famílias acampadas na área, além de fazer o levantamento da cadeia nominal para saber quem são os verdadeiros donos da fazenda.

Kiko Alécio, que se declara proprietário da Fazenda Papuã, não conseguiu comprovar ser o dono da terra por meio das documentações apresentadas.

Além disso, caberá ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) mapear a propriedade e levantar os crimes ambientais existentes. Segundo relato da coordenação do acampamento, os crimes vão desde desmatamentos nas margens dos rios, drenagem de banhados e soterramentos de nascentes.

De acordo com João Maria, da coordenação do MST, já era esperado que não saísse o assentamento das famílias nesse primeiro momento, com a audiência tendo mais um caráter de conciliação.

As famílias retornam animadas ao acampamento para organizar a produção, construir uma escola itinerante e um posto de saúde, relata Camila Munarini, coordenadora do MST. “Nesse momento as famílias devem fazer daquele lugar um lugar bom de se viver, com solidariedade e companheirismo, construindo novos valores sociais e uma nova relação com a natureza”.

Na negociação, os Sem Terra conquistaram uma área de cerca de 10 hectares para iniciarem o plantio e a criação de animais.

Fonte: MST.

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