Polícia prende suspeito de envolvimento no caso de indigenista e jornalista

    O suspeito é conhecido como Amauri e, segundo a polícia, tem um histórico de ameaças a indígenas

    Foto do suspeito divulgada pela jornalista Miriam Leitão nos jornais ‘O Globo’ e ‘Bom Dia Brasil’

    RBA.- A Polícia Militar do Amazonas prendeu um suspeito de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. O suspeito é conhecido como Amauri e, segundo a polícia, tem um histórico de ameaças a indígenas. As informações foram dadas pela jornalista Miriam Leitão no jornal O Globo no e no telejornal Bom Dia Brasil desta quarta-feira (8).

    De acordo com o delegado titular da 50ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), Alex Perez, a Polícia Civil do Amazonas instaurou um inquérito policial para investigar o caso. Até a noite dessa terça-feira (7), cinco pessoas foram ouvidas pelas autoridades policiais, sendo quatro como testemunhas e uma na condição de suspeito.

    A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) ainda não divulgou os nomes das pessoas ouvidas. Fontes em Atalaia do Norte, cidade onde os dois desapareceram, afirmam que o suspeito ouvido pela polícia é Amauri.

    Segundo a reportagem, havia uma pressão para que fosse solto, por não haver prova de envolvimento no crime, mas ele foi preso em flagrante pelas sucessivas ameaças que já fez a indígenas da região.

    “Ele estava fazendo, nesse momento, uma ameaça à equipe dos indígenas que estava em busca. Isso foi considerado um flagrante”, disse Miriam.

    Bruno e Phillips tinham sido vistos pela última vez quando chegaram à comunidade São Rafael por volta das 6h de domingo. No local, eles conversaram com a esposa do líder comunitário apelidado de ‘Churrasco’. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino. A previsão era que eles chegassem ainda no domingo entre 8h e 9h.

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    “Os dois se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de Vigilância Indígena que se encontra próxima à localidade chamada Lago do Jaburu (próxima da Base de Vigilância da FUNAI no rio Ituí), para que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas”, diz o texto divulgado pela Univaja, na segunda-feira.

    Eles viajavam com uma embarcação nova, de 40 cavalos, e 70 litros de gasolina, o suficiente para a viagem.

    Ainda no domingo, a Univaja começou as buscas. Sem obter sucesso, na segunda-feira, a organização indígena acionou as autoridades e divulgou nota à imprensa.

    Com informações do G1.

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