Parlasul declara apoio à Argentina em disputa contra ‘fundos abutres’

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O Parlamento do Mercosul (Parlasul) aprovou na última segunda-feira (7) uma declaração de apoio à Argentina em sua disputa contra os “fundos abutres”. O governo argentino tenta fazer pagamentos a credores que aceitaram acordos de reestruturação das dívidas, mas a Justiça americana bloqueou as transferências, devido à objeção de fundos especulativos.

Ao recordar o histórico da disputa, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), vice-presidente do Parlasul, afirmou que os fundos abutres que resistem ao acordo e exigem o pagamento integral das dívidas argentinas representam apenas 0,45% do total de credores.

– O que vale mais? Os fundos abutres ou a soberania de uma nação? – questionou.

Requião voltou a criticar a decisão da Justiça americana, confirmada pela Suprema Corte daquele país, de não permitir o pagamento argentino apenas à maioria de credores que aceitaram reestruturações feitas em 2005 e 2010. Há duas semanas, um juiz determinou a devolução de US$ 539 milhões, depositados pela Argentina com essa finalidade.

Declaração

Na declaração, o Parlasul expressa “solidariedade com o povo e o governo da República Argentina e apoio à consecução de uma solução que não comprometa o amplo processo de reestruturação da sua dívida soberana, rejeitando o comportamento de agentes especulativos que põem em risco os acordos alcançados entre devedores e credores, afetando a estabilidade financeira global”.

O Parlasul também recomenda ao Conselho do Mercado Comum, órgão decisório máximo do Mercosul, que aprove a declaração e peça aos governantes dos estados-membros a liderar um processo de discussão das dívidas externas soberanas nas esferas competentes, em nível mundial.

O parlamentar argentino Guillermo Carmona agradeceu o apoio dos colegas e reiterou que o desejo argentino é apenas o de cumprir suas obrigações.

– A Argentina tem expressado por meio de sua presidente [Cristina Kirchner] a firme vontade de cumprir com suas obrigações frente aos credores, desde que não seja afetada severamente a estabilidade e o desenvolvimento social e econômico.

Com informações da Assessoria de Imprensa do Parlasul.

Foto: Reprodução/Brasil de Fato

Fonte: Brasil de Fato

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