O papel de práticas para conexão com a verdade interna

Foto: Jeane Tortelli

Texto: Jaine Fidler Rodrigues

Afinal, quem somos, em essência, sem todas as couraças impostas pela matriz estrutural existente? Quais são essas couraças que aceitamos na tentativa de se encaixar no mundo? 

A partir de questionamentos como este, está sendo organizada pela terapeuta integrativa Taine Defaveri e a Instrutora de Kundalini Yoga, Silvia Bertoldi uma vivência que será realizada no próximo sábado (11), na Cada Di Jane em Chapecó, intitulada “Práticas que nos conduzem a nossa própria verdade”. As atividades serão com  kundalini Yoga, sound  Healing e meditação guiada.

De acordo com a terapeuta integrativa, Taine Defaveri, conforme as pessoas crescem, se desenvolvem na sociedade, vão sendo criadas várias crenças, traumas, padrões repetitivos. “A gente começa repetir coisas que não são nossas, que são de outras pessoas. As práticas para nos voltar para nossa verdade interior, é justamente para descobrir o que há por trás destes padrões, porque a gente repete, de onde eles vêm e nos conectarmos com nossa verdade em essência”, afirma.

A origem destas áreas de conhecimento é milenar. A existência do yoga, por exemplo, já completa mais de 7 mil anos. Porém, continua sendo útil. “O futuro é ancestral, muito do que precisamos desenvolver em nossa humanidade vem de nossa ancestralidade. Hoje estamos resgatando estes conhecimentos para nos desenvolvermos como pessoas melhores” diz Taine. 

Para alcançar a conexão com esta essência interna, as crenças são as maiores limitadoras, o julgamento e o medo do desconhecimento. Silvia relata: “O meu eu era desconhecido de mim mesma, eu não sabia quem eu era, eu tinha medo, mas a minha alma chamava por isso. Mas o meu ego me bloqueava, com crenças, medos, julgamentos”. 

O julgamento, se refere a preocupação com o que o outro vai pensar, é difícil ir contra os padrões existentes. Para isso é necessário saber da sua verdade interior, para respeitar a verdade dos outros/as, independente das diferenças existentes. Ter cautela para não perder o poder da individualidade, é fundamental. 

“A maior escravidão é a gente deixar a condição como a gente se sente nas mãos de outras pessoas. Se o que a outra pessoa fizer me atingir a ponto de estragar meu dia, eu tô deixando o meu sentir, o meu dia, minha vida, nas mãos de outras pessoas” argumenta Taine.

No contexto atual, para Silvia é pertinente esta conexão “porque cada ser é único. Se eu não vivo minha verdade, não sou tudo que posso ser neste mundo… o mundo precisa da minha contribuição, da minha verdade, da verdade de cada um. Quando a gente vive conectado com essa essência, a vida flui de forma mais leve”.

Afinal, a forma como o mundo é vista, parte da visão interna, através das lentes de cada um. Ou seja, Taine explica que se nós estamos no mundo que estamos hoje, é por consequência dos humanos que somos. “Olha a capacidade de escolha para fazer algo bom para nós e para o mundo. Se conectando com nossa verdade, se limpando do egoísmo, crenças, padrões há uma conexão com a parte da nossa essência que busca fazer o bem e de ser o bem, antes de tudo”. 

É possível criar um mundo de forma mais harmoniosa para todos, mas para isso o humano precisa se conhecer, saber lidar com seu próprio ego. Isto, inicia a partir da própria iniciativa de cada um/uma. 

Como se conectar com nossa verdade, no dia a dia?

No dia  a dia, o exercício mais simples é a respiração. “Reaprender a respirar, respirar de forma consciente. Se a gente se conectar com nossa respiração, nos conectamos com nossa essência”, explica Silvia. 

O autoconhecimento está em todos os momentos. Como a gente se sente? Expresso-me? Está em cada detalhe. “Se a gente perceber a nossa mente, ela sempre está no passado ou no futuro. Quando realmente estamos no presente? Eu posso pensar no passado, posso pensar no futuro, mas, o único momento que eu posso agir, para fazer acontecer, é o presente. A respiração nos traz para o momento presente”, argumenta Taine.

Autoconhecer-se se refere a observação constante de nossos sentimentos, emoções e pensamentos. A observação exige questionar-se. Se libertar de todos os padrões, crenças, traumas, significa alcançar mudanças internas. Taine destaca: “O que estou vivendo é o que eu quero? Tem um propósito nisso? Ou é meu ego? Padrão repetitivo? Porque a todo momento ele está vindo ali na minha ferida para mim olhar e mesmo assim, escolho não olhar. É escolha nossa permanecer ou não. Aí entra a responsabilidade por nós mesmos”. 

É preciso coragem para mudar, lidar com a dor da saída de zona de conforto e realmente deixar o que precisa ser deixado para trás. Por mais que o mundo diga o contrário. 

Felizmente, estão aumentando os profissionais da área. Muitos estão passando por essa cura para trazer a cura para outras pessoas. “Se tem um grupo na sociedade que ainda não vê essas pessoas é porque está fechado no seu mundo. É integrar e acolher todos os mundos”, destaca a terapeuta integrativa.

Contato para participar da vivência: 

@tainedefaveri

@silviabertoldi.kundaliniyoga

Para assistir à entrevista completa, acesse: 

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