O garimpeiro. Por Roberto Liebgott.

Por Roberto Liebgott.

O Coiso, quando presidente da República, orgulhava-se em dizer que sua família era de pessoas garimpeiras.

Seus olhos brilhavam ao determinar que invadissem terras dos povos indígenas e quilombolas objetivando garimpar e devastar.

Passou quatro anos ameaçando, impondo e estimulando que ouro e os diamantes fossem desenterrados e comercializados.

Mataram, destruíram, extorquiram, prevaricaram e exterminariam o povo Yanomami, dada sua obsessão fulminante.

O garimpeiro nunca saiu de dentro do Coiso e, com persistência, manteve-se atuante, no caso, como presidente, por dentro dos cofres, gavetas, mesas e estantes.

Joias, relógios, colares e brincos presenteados ao país acabaram garimpados, vendidos e os soldos distribuidos nos laranjais entre cabos, tenentes, comandantes e generais.

Aliás, outra especialização do Coiso, conquistada com muito esmero, vincula-se ao cultivo de laranja, o que lhe garantiu privilégios, dinheiro e muita bonança.

O patriotismo do Coiso, o culto a “deus”, à família e à bandeira tornaram-se disfarces certeiros para satisfazer a ambição do presidente e seus alvitreiros.

Porto Alegre, 15 de agosto de 2023.

 

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