“Não são apenas armas dilacerando nossos corpos, mas canetas assinam leis de extermínio”

Fragmento da coluna Diálogo Indígena, com Ingrid Sateré Mawé, realizada no JTT – A Manhã com Dignidade

Do dia 22 ao 28 de agosto os povos indígenas se mobilizam mais uma vez, partindo com caravanas que saem de todas as regiões do país, à Brasília. Ingrid Sateré Mawé, militante indígena, fala sobre a luta contra o Marco Temporal:

“Há 520 anos nossa terra é marcada por violações, racismo e genocídio. Séculos de tentativas de subjugação dos povos indígenas, da nossa cultura e dos nossos territórios.”

“Não podemos esquecer e dialogamos com vocês que nós somos os primeiros dessa terra, antes do Brasil ser Brasil. Somos um povo milenar. Temos muito a oferecer quando se fala na questão econômica, administrativa, educacional e na saúde.”

“Quando não são apenas criminosos atacando diretamente nossas vidas, nossos territórios, nós temos os governos que se omitem do seu dever de proteção.”

“Precisamos dar um basta no genocídio e na destruição. Contra esses Projetos de Lei que violam a própria constituição federal, vamos à Brasília. Contra o Marco Temporal pois a nossa história não inicia em 1988 como estará sendo colocado em votação no STF no dia 25 de agosto. É um agosto que estamos resistindo para existir.”

Assista à coluna:

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