Redação.
O PLP 12/2024 foi o primeiro passo para a categoria ser considerada classe trabalhadora, inserindo ele na previdência, dentre outros benefícios, mas ainda há muito a avançar.
Há quase 10 anos que os e as motoristas por aplicativo vêm se organizando. Boa parte deles começaram durante a Copa do Mundo no Brasil, em 2014. A ideia estimuladora é que ganhariam como patrões. O serviço era de qualidade e as plataforma funcionavam muito bem. Os valores das corridas mínimas, o serviço em geral e a frouxidão e até falta de regras básicas da profissão foram piorando e prejudicando os trabalhadores do serviço.
As plataformas passaram a dominar o mercado de trabalhadores e trabalhadoras por aplicativo, e agora a situação se agrava a cada dia. Não há regulação sobre as plataformas que agem à vontade numa terra sem lei, segundo Eduardo Teixeira, diretor de Relações Políticas do Simasc e motorista há 7 anos.
“Nós temos a mesma importância que os trabalhadores do serviço coletivo de transporte público de passageiros, e até chegamos a lugares onde os ônibus não chegam”, afirma Eduardo. No entanto, nem sempre os trabalhadores se reconhecem como classe.
Há mais de 1 milhão e meio de motoristas por aplicativo no Brasil segundo o IBGE. O Presidente Lula precisa regulamentar essa classe, pois hoje as plataformas escravizam a vida dos trabalhadores e os usam como mão de obra barata e à disposição dos lucros das mesmas. A situação das mulheres motoristas, sem benefício de licença maternidade, por exemplo, é a inda mais grave.
Sobre o assunto, Rosangela Bion de Assis, no JTT, entrevistou E. Teixeira. Acompanhe a entrevista completa, desde o início, no vídeo abaixo: