O governo Bolsonaro está com um projeto para privatizar a Eletrobras e, com isso, permitir que as 48 hidrelétricas revejam os preços e passem a cobrar ainda mais caro.
Atualmente, dezenas dessas usinas vendem energia por R$ 50/1.000 kWh. Após a privatização, o governo vai liberar para que seja cobrado o chamado “preço de mercado”, na faixa de R$ 250/1.000 kWh. Este aumento será repassado para as contas de luz da população.
Aos agricultores, o fim dos subsídios causará aumentos acima de 40% nos próximos cinco anos. O governo já autorizou o aumento da tarifa de energia elétrica a todos os 4,5 milhões de consumidores rurais. A medida entrou em vigor em janeiro deste ano. Com isso, a população rural será obrigada a pagar o mesmo patamar de tarifa dos consumidores urbanos.
Antes da mudança, uma família no campo pagava em média 60% em comparação à tarifa urbana. Com a retirada total do subsídio, haverá impacto também no aumento do preço dos alimentos ao povo da cidade.
Outra ação que está na mira do governo e das empresas de energia é o encerramento da Tarifa Social de Energia Elétrica para os consumidores de baixa renda. Se isso ocorrer, cerca de 9 milhões de famílias em todo território serão afetadas.
É diante do grande impacto no bolso da população, para lutar contra esses abusos e não deixar que a conta de luz aumente ainda mais, que MAB retoma a campanha nacional “O preço da luz é um roubo”.
O movimento está debatendo e coletando autodeclarações contrárias aos aumentos e retiradas de subsídios, e organizando mobilizações conjuntas em todos estados. Fique por dentro!
ÁGUA E ENERGIA NÃO SÃO MERCADORIAS!
Movimento dos Atingidos por Barragens
Março, 2020