Judiciário gaúcho poderá ter pedido de medida protetiva pelo celular

"Precisamos salvar a vida das mulheres. Em um país onde temos mais de 18 milhões de vítimas de violência contra a mulher em 2022, é necessário que o acesso à Justiça seja facilitado.

A Deputada Federal Denise Pessôa PT-RS esteve reunida com a Juíza-Corregedora, Taís Culau de Barros, na tarde desta segunda-feira, 14, em Porto Alegre. Durante a conversa, a Deputada solicitou que o sistema de justiça possa estar integrado ao aplicativo Maria da Penha Digital. Com isso, as vítimas de violência doméstica no Rio Grande do Sul poderão fazer denúncias e solicitar medidas protetivas de forma on-line pelo celular.  Segundo a Deputada, a ferramenta dará mais agilidade ao  processo, já que o pedido chegará à Justiça rapidamente. A Parlamentar destaca que a medida é de extrema importância e pode marcar a história do Judiciário Gaúcho. Conforme a polícia do Rio Grande do Sul, em 2022, das 107 vítimas de feminicídio no Estado, 86 não tinham pedido medida protetiva contra o agressor.
“Precisamos salvar a vida das mulheres. Em um país onde temos mais de 18 milhões de vítimas de violência contra a mulher em 2022, é necessário que o acesso à Justiça seja facilitado. Entendemos que o app tem esse papel fundamental para que as mulheres vítimas de violência possam pedir sua medida protetiva sem sair de casa. Com a ferramenta, as mulheres poderão pedir auxílio sem se expôr. São as nossas vidas que estão em jogo”, afirmou a Deputada. A Parlamentar destaca ainda, que  as medidas protetivas de urgência concedidas no Estado  aumentaram 84% nos últimos sete anos. Nos seis primeiros meses de 2023, foram expedidas uma média de 459 registros ao dia no Rio Grande do Sul.

A Juíza Taís, que é responsável pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJRS, gostou da proposta e espera que haja compatibilidade técnica do sistema do aplicativo com as ferramentas do Judiciário. Ela destacou ainda,  que levará a sugestão para a coordenação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Já o advogado, CEO e Cofundador da startup Direito Ágil, Rafael Wanderley, responsável pelo desenvolvimento do aplicativo, que também esteve na reunião, reforçou a importância do projeto. Segundo ele, com o app, as vítimas têm a possibilidade de envio de áudio, foto e documentos como provas. Rafael revelou ainda, que o sistema já está em funcionamento no estado do Rio de Janeiro, onde mais de 4.000 mulheres já utilizaram o aplicativo.

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