Governo envia comissão ao aeroporto de Guarulhos para auxiliar afegãos acampados

Aeroporto de Guarulhos se tornou local de moradia temporária para afegãs e afegãos, incluindo crianças. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Brasil de FatoPor: Brasil de Fato.

A presidenta do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Sheila de Carvalho, anunciou nesta segunda-feira (30/01) que vai ao aeroporto de Guarulhos, na grande São Paulo, para acompanhar de perto a situação de cidadãos do Afeganistão que vieram ao Brasil em busca de refúgio. Cerca de 20 deles estão acampados no terminal, segundo Carvalho.

O fluxo de solicitantes de refúgio afegãos no Brasil aumentou a partir de setembro de 2021, quando o governo publicou uma portaria interministerial sobre a concessão de vistos temporários e autorizações de residência para cidadãos do país asiático, que vive uma grave crise humanitária desde a volta do Talibã ao poder no país, em agosto do mesmo ano.

Muitos deles chegam ao país sem uma rede de apoio e sem um destino determinado. Como o aeroporto de Guarulhos é a principal porta de entrada no país, o terminal acaba sendo um local de permanência temporário até que essas pessoas sejam encaminhadas para abrigos ou outros locais, em Guarulhos e outras cidades.

Sheila de Carvalho, que também é assessora do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, destacou que o governo está monitorando a situação de perto desde janeiro, logo após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela informou que, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o número de pessoas acampadas chegou a ser superior a 300 em alguns momentos.

“Atendendo demanda da sociedade civil, desde o começo de janeiro estamos monitorando a situação e a chegada de centenas de pessoas afegãs com visto humanitário. Atuamos nas últimas semanas para identificar entraves burocráticos e agilizar o atendimento daqueles que querem permanecer no país”, destacou Carvalho, pelo Twitter.

Segundo a presidenta do Conare, a atuação recente do governo permitiu diminuir o fluxo de afegãos acampados, mas o objetivo é fazer com que não seja mais necessária a permanência das pessoas no terminal, já que as condições são precárias. As tendas improvisadas são montadas nos corredores do aeroporto, sem que as pessoas tenham acesso a chuveiros, por exemplo.

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