Por Verônica Lugarini.
Na imagem, o torturado está com os braços amarrado e traz a frase “sobre pais que choram no chuveiro”, que circula nas redes sociais como uma crítica aos homossexuais, cujos pais teriam “vergonha” da orientação sexual dos filhos. Na foto original, a foto está acompanhada da hashtag #elesim e o número da candidatura de Bolsonaro. Há comentários jocosos sobre a suposta homossexualidade do torturado, mas também críticas à imagem.
Logo após a postagem, diversos internautas replicaram a imagem criticando fortemente a atitude de Carlos Bolsonaro.
A deputada Maria do Rosário (PT) foi uma delas. Ela repudiou a iniciativa do vereador do Rio e disse que “a simulação de tortura divulgada pelo filho do ódio”. TSE, MPF e PGR: até quando a apologia à tortura e aos torturadores serão toleradas por vcs? Não basta os fascínoras de 64 estarem impunes, os canalhas de hoje continuarão a usar a violência? #EleNão ! Com todas as forças!”, afirmou a congressista em sua conta no Twitter.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB) descreveu a ação de Carlos Bolsonaro como repugnante.
Já o deputado Jean Willys (PSOL), chocado com a foto, preferiu desfocar a imagem para publicar em sua página no Facebook e disse:
“Não estamos brincando, isto é muito grave! A imagem usada, além de repugnante, é uma ameaça de morte explícita contra aqueles que nos colocamos contra o fascista — uma ameaça de morte, pública, feita por um vereador que é filho de um deputado federal e candidato à presidência da República! Junto à foto do homem torturado, amarrado e assassinado, com o rosto coberto de sangue, Bolsonaro escreveu “Sobre pais que choram no chuveiro”. (…) Seja como for, a perversidade da família Bolsonaro é monstruosa. (…) Precisamos parar essa gente insana! O fascismo não pode tomar conta do Brasil! Ele não! Ele nunca!”.
A premiada jornalista Eliane Brum compartilhou a notícia e frisou que a atitude do vereador não poderia ficar impune.
Ainda na seara da política, o vereador Eduardo Suplicy (PT) falou: “É inadmissível a postagem feita por Carlos Bolsonaro. Tortura não é piada”. E a candidata a deputada Carina Vitral (PCdoB) mostrou indignação e disse: “Vejam que absurdo. Postaram essa foto, como forma de denunciar o que pode representar uma ditadura”.
O jornalista Ricardo Setti falou no Twitter que a postagem de Carlos Bolsonaro ?”é uma aberração repugnante que está capitulada no Código Penal: incitação ao homicídio. Cadê o Ministério Público? Em país decente, ele já estaria preso”.
Outros internautas também rechaçaram o post, entre os comentários sobre a foto estão: Os internautas reagiram à publicação, com comentários indignados sobre a foto polêmica. “Nem acredito!Isso não é crime? Apologia a tortura?” Outros faziam coro: “Que horror”; “Meu Deus….. cada dia pior… eles sao sádicos” .
“Não bastasse o pai, os filhos seguem disseminando o mesmo discurso de ódio. O país não precisa de mais ódio, nem de vocês”, afirmou uma internauta.