Por coletivo de comunicação SC
Fotos: Comunicação MAB e Letícia Barbosa.
Há três dias, famílias atingidas pelo rompimento de um reservatório da Casan em Florianópolis estão acampadas em frente à sede da companhia para exigir justiça. Quarenta e dois dias após rompimento, que causou destruição de casas e veículos nos bairros Monte Cristo e Sapé, os moradores reivindicam auxílio emergencial para todos os atingidos, condições justas para indenização dos veículos financiados, agilidade no processo de indenização, avaliação adequada dos bens móveis danificados, bem como transparência nos critérios de reparação. Além disso, as famílias pedem que os representantes dos atingidos participem ativamente das negociações e planos de reparação.
O rompimento do reservatório aconteceu na madrugada do dia 06 de setembro e atingiu 686 pessoas, destruiu pelo menos 59 veículos (já removidos) e causou a interdição de 25 moradias. Além de casas, a água atingiu ruas, lojas e centros comerciais. Com a destruição dos seus veículos, muitos moradores ficaram sem meio de transporte para trabalhar, outros acumulam prejuízos financeiros por conta dos danos causados aos seus comércios ou outros meios de subsistência.
“Somente através da participação no processo de reparação, os atingidos podem garantir que seus direitos sejam respeitados. Precisamos de respostas urgentes da presidência da Casan e de empenho do governo do Estado na na busca por soluções para as consequências do rompimento, porque os prejuízos causados só aumentam ao passar do tempo, afirma Rodrigo Timm, integrante da coordenação do MAB em Florianópolis.
As causas do rompimento são investigadas. Na paredes do reservatório, há rachaduras. Segundo os moradores do Monte Cristo, elas já existem há meses e eles denunciaram a situação. Reparos chegaram a ser feitos, mas não foram suficientes, conforme a comunidade. O Ministério Público de Santa Catarina vai investigar se houve improbidade administrativa na construção e na manutenção de reservatório que foi inaugurado em 2022. A 7ª Promotoria de Justiça da Capital irá apurar se houve omissão parte de agentes públicos da Casan na fiscalização da obra.
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