Por Plínio Teodoro.
Em clara posição para tumultuar os trabalhos da CPI do Genocídio, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que não é membro da comissão, mandou o senador Marcos Rogério (DEM-RO) convocar o pastor Silas Malafaia que, segundo ele, seria um dos principais conselheiros do pai, Jair Bolsonaro.
Com a desculpa de “defender” o irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que é acusado de ser um dos líderes do Ministério da Saúde paralelo que aconselha o presidente, Flávio mandou o senador governista chamar o pastor, um dos principais defensores do bolsonarismo nas redes sociais.
“A todo momento, Carlos Bolsonaro, o nome dele é trazido para essa CPI como se houvesse um conjunto de pessoas que dão aconselhamento, algo obscuro, criminoso. Então, senador Marcos Rogério, eu quero dar um nome para o senhor aqui”, disse Flávio Bolsonaro, causando bate-boca na comissão.
Na sequência, o filho de Bolsonaro emendou: “Estou me dirigindo ao senador Marcos Rogério: toda hora fala aqui de família, que pode que não pode. Até ministro está sendo acusado de dar aconselhamento paralelo para o presidente da República, por incrivel que pareça. Agora vocês querem ouvir alguém que dá conselho para o Presidente da República? Eu vou dar o nome: chama o pastor Silas Malafaia aqui. Esse fala quase diariamente com o presidente e influencia o presidente”.
Marcos Rogério, então afirmou que vai apresentar um requerimento pedindo a convocação do pastor.
