Em carta aberta, profissionais do CAPSI (Centro de Atenção Psicossocial Infantil) de Florianópolis denunciam a precariedade do atendimento psicossocial da cidade, com equipes incompletas e falta de estruturas, e pedem providências urgentes para poderem atender à população.
A rede de atenção psicossocial, inserida dentro do SUS (Sistema Único de Saúde), está prevista pela lei 10216 de 2001, a Reforma Psiquiátrica, e se propõe a substituir os hospitais psiquiátricos, visando uma sociedade sem manicômios. A assistência deve ser realizada com um conjunto de serviços: os CAPS, residências terapêuticas, o programa De Volta Para Casa, unidades de acolhimento, leitos de saúde mental em hospitais gerais, CAPS que funcionem 24 horas por dia e 7 dias por semana, o devido atendimento de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Essa rede nunca foi completamente implementada em Florianópolis. Em toda cidade, há somente um CAPS para toda população infantil e outro para toda população adulta. Em 4 anos, com a perda de 13 profissionais, apenas 3 das vagas foram repostas por concurso publica. Como consequência, os profissionais trabalham com sobrecarga e o acesso é dificultado.
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