Afeganistão: nenhum “avanço democrático” pode vir de invasões imperialistas

Entrevista com Bruno Beaklini, cientista político e professor de relações internacionais, realizada no JTT – A Manhã com Dignidade

Após a saída dos Estados Unidos do Afeganistão e a tomada de poder no país pelos Talibãs, o país se tornou um centro dos debate internacional. Para entender o conflito, o cientista político Bruno Beaklini faz uma retomada da história do país e traz o conceito de autodeterminação dos povos.

Nos últimos 50 anos o Afeganistão foi invadido duas vezes. Primeiro pela União Soviética e depois pelos Estados Unidos, junto da OTAN, logo do ataque às Torres Gêmeas em 2001. A recente saída dos EUA do país marca a segunda vitória do Afeganistão contra uma invasão externa.

Segundo Bruno, a autodeterminação dos povos é importante independente dos governos que assumem.  “O Afeganistão só vai ter uma sociedade civil de convívio pluriétnico e multirreligioso quando chegar nesse grau de maturidade ou nessa luta interna. Uma vez expulsos os gringos, sou simpático a uma oposição afegã. No entanto, não posso tolerar uma oposição afegã humanista e democrática que esteja aliada do ocidental”, diz ele.

Assista:

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