Editorial: O voto entre o medo e a esperança

Sem dúvida as eleições do presente ano são as mais importantes desde a redemocratização do país. Em poucas horas a falsa polarização, imposta como fórmula de divertimento despolitizante pela mídia, vai dar passo ao voto.

Não houve polarização quando só um lado matou e só um lado morreu. Quando um lado incentivou a esperança e outro agitou o medo. É entre esse medo e essa esperança que se resolverá o pleito. Será neste domingo 2 de outubro, ou se decidirá em um estafante e arriscado segundo turno, no dia 30.

Seja agora ou mais tarde, o cotejo determinará o resultado da escolha entre a violência e a paz. A disputa na urna será entre quatro anos tortuosos de insultos, ameaças, perdas de direitos humanos e econômicos, perda da soberania nacional e mortes, e um futuro de tentativas de reconstrução do tecido social, sem grandes expectativas além dessa tarefa gigante que não será de um presidente ou de um partido, mas de toda a sociedade brasileira, especialmente da mais castigada pelo governo destruidor de Jair Bolsonaro.

Ainda há possibilidades, incertas, difíceis, mas existentes, de derrotar a perversidade que tomou conta do estado brasileiro nesta primeira tentativa de amanhã. Para isso o povo não deverá se sujeitar ao amedrontamento que propõe o provável perdedor, tanto nas pesquisas do primeiro como do segundo turno. Não poderá se abster de dar um basta a esta anomalia da história que tomou conta do Brasil. Precisará usar as últimas horas que restam antes da abertura das urnas para persuadir familiares e amigos de que a decisão é para já. É necessário que se compreenda que não podemos passar mais 28 dias de risco ante um bando de violentos que sequestraram o executivo e boa parte do Congresso para seu próprio e único benefício. Saqueadores e milicianos, traficantes de cargos e emendas parlamentares que esvaziam diariamente os cofres do país atingindo os mais  desfavorecidos numa sociedade onde os privilégios são para cada vez menos.

De tal maneira, a posição do Portal Desacato, que nunca se omitiu nestes pleitos, é de que devemos estimular com todas nossas forças que se faça uso do voto agora. Que se diminua o mais possível a abstenção e que se direcionem os votos àquela única candidatura que tem a condição de vencer o pleito contra o esse sinistro governo que nos desgraçou a vida e transformou nosso país num pária mundial.

O Portal Desacato se solidariza com o sofrimento dos excluídos, da classe trabalhadora, dos desempregados, dos homens e mulheres pretas, dos povos originários, das mulheres, dos estudantes e dos pobres, e assim sendo, apoia o voto no ex-presidente Lula da Silva no Brasil e no candidato Décio Lima, no estado de Santa Catarina. Assim mesmo, defende as candidaturas de mulheres especialmente e homens do campo popular para os legislativos estadual e federal e para o senado. Que vença a esperança e que o medo seja despejado pela brisa reconstrutora da paz e da convivência digna e saudável.

Feliz voto a todas e todos!
Direção Geral do Portal Desacato
1 de outubro de 2022

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