Defesa civil: infelizmente prioriza-se interesses do município, mas, não da população

Em entrevista no JTT, o bombeiro, Fábio Miranda traça reflexões acerca do tema.

São Sebastião (SP), 20-02-2023, Desmoronamento causado pelas chuvas no bairro Itatinga, conhecido como Topolândia, no litoral norte de São Paulo. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Redação, Desacato.info. 

Catástrofes climáticas, não surpreendem mais. Afinal, diante de altos índices de agressão ao meio ambiente e ao sistema biológico natural qual sustenta a vida nesta terra, o maior índice de chuvas visualizado em São Paulo no último final de semana, nada mais é do que consequências das ações humanas, empresariais e capitalistas.

Nesta quinta-feira (23), para falar sobre o assunto, esteve no JTT-Manhã Com Dignidade, o bombeiro emergencista, Fábio Miranda. Para ele, há muito que se avançar em relação a prevenção de acontecimentos como este.

“Muitas vezes, quando a gente fala de proteção ou defesa civil, estamos falando de uma questão que ainda é muito particular aos interesses do município, mas, não da população. Como funciona isso: muitas cidades imaginam que prevenção é somente fazer abertura de vala, fazer instalação de tubulações, por exemplo, promover taludes em alguns locais… Mas, não é isso. É muito mais que isso. É importante observar que organismos internacionais, como a ONU, em 2015 ainda emitiu um documento com assinatura de vários países do qual o Brasil signatário, o Marco De Sendai realizado no Japão. A organização orienta como se visualizava o desenvolvimento da situação de prevenção e redução de risco de desastres entre 2015 e 2030. Até hoje a gente não conseguiu implementar isso por uma questão óbvia, a gente não considera essa equação, pessoas”, explica.

Em suma, faltam políticas públicas, consciência ambiental, investimentos financeiros para contratação de profissionais da área e ações voltadas a prevenção de catástrofes climáticas. Assim como, proteção ambiental e de todos seres vivos, especialmente, humanos.

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