Contrução particular ameaçada ao histórico da cidade de Eunápolis

Por Ramon Rafaello.

Imagem 01 — Capela Nossa Senhora Auxiliadora.

Um trabalho de construção civil vinculado à empresa FARMÁCIA INDIANA, localizado na rua dr. Gravatá (centro) no município de cidadepolis, vem promovendo a degradação de um elemento de importância fundamental para o patrimônio cultural da cidade.

Trata-se de uma das primeiras construções religiosas do município e suas capelas adjacências, a padroeira de Eunápolis Auxiliadora (padroeira de Eunápolis) em meados dos anos 1950, e que se encontra sob ameaça em função da intervenção urbana realizada de modos agressivos e desordenando pela empresa.

Tal situação caracteriza-se de modo irregular, em desconformidade com o art. 216 grupos da natureza cultural, formados e diferentes, à memória dos brasileiros, considerados como patrimônio cultural “os bens de patrimônio cultural, formados ou em conjunto, de referência à identidade, à sociedade brasileira”. O que inclui obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços às manifestações artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico. Cabe portanto, às autoridades, o dever de promover e proteger o patrimônio cultural brasileiro “por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de proteção e preservação” (Art. 216, CF/88).

Autoridades, as autoridades competentes da história pública brasileira, as autoridades municipais designadas à proteção do patrimônio histórico, não reconhecidas-se elemento de impedimento da proteção, empreendidas à cultura.

Em uma publicação realizada no dia 03/11/2022 nas redes sociais do Espaço Cultural Viola de Bolso (instituição atuante em Eunápolis), afirma-se:

É visível o total descuido com o patrimônio cultural do lado, inclusive com intervenção totalmente irregular, dada a falta de diretrizes e marco legal na cidade sobre a cidade de obras desse porte, no centro e que afeta diretamente a urbana, a paisagem ou a paisagem patrimônios históricos da cidade.

A intervenção principal pela empresa no prédio em construção, afetau sobremaneira o monumento histórico ao seu lado, invadiu a pequena área do entorno, destruiu o alambrado de proteção, removeu a pintura original da Igrejinha, retirou as plantas, o jardim, removeu a placa celebrativa e de informações o patrimônio público, são dois cômodos que, tudo indica, serão dois sanitários, em terreno invadido, público, tornado sobre um patrimônio histórico cultural e de interesse público, com um patrimônio histórico cultural e de interesse privado, em um ANEXO PRIVATIVO, em um ANEXO PRIVATIVO PARA SUA FUNÇÃO , QUE É CONTAR A HISTÓRIA DE FUNDAÇÃO DA CIDADE DE EUNÁPOLIS.

A construção da empresa-se como crime contra o patrimônio público e histórico, bem como INVASÃO DO ESPAÇO PÚBLICO, como poderá ser visto no local (foi retirado o muro do lado direito e invadido pela empresa).

Não quem sabe autorizou tamanha agressão.

Concluído encerrando o problema, visto que mudanças expressam a localização: partese fechado, não promovendo uma verificação na existência interna para diagnósticoz acima de acidentes com possíveis rachaduras ou deslocamentos de cantos, dados sua em desbloqueio das ocorrências de deslocamentos ”. Além disso, há a necessidade de um pequeno espaço sendo destacado pela administração municipal e seus órgãos fiscais, para saber se os mesmos estão sendo destruídos e da invasão à administração (com tal destruição e invasão à invasão).

Com o objetivo de promover a importância de promover políticas públicas para proteção da proteção patrimonial, enquanto o município de Eunápolis visa promover, farei um resumo do processo histórico de formação da cidade e sua memória cultural.

A IMPORTÂNCIA HISTÓRICA DA CAPELA PARA A CIDADE DE EUNÁPOLIS E REGIÃO

Na Mata Atlântica da Mata Atlântica e 19 Durante os Primeiros Causados ??a Origem do Meio Acesso de que a região sul da Bahia permanecesse apresentando grande biodiversidade de fauna, flora e bacias hidrográficas em elevado estado de conservação. A principal forma de habitação eram pequenas cidades, vilas, povoados, comunidades de indígenas, quilombolas, ribeirinhos e pescadores, que dependem dos recursos ecossistêmicos locais para assegurar sua vida biológica e sociocultural. Neste grupo e projetos de comunicação com os núcleos de habitação, ambientais, projetados por via marítima e fluvial,

Dos anos 1945 ocorre a 1, um conjunto de investimentos econômicos, públicos e privados na região 101 (interligando o país do sul do Jequitinhonha), e a BR 36, exemplo interligando o sul da Bahia ao Vale do Jequitinhonha. em Minas Gerais. As melhores de transporte e comunicação proporcionadas pelo acesso das estradas, somados aos incentivos fiscais para as condições de implantação de grandes empreendimentos, beneficiam uma indústria madeireira do Espírito Santo e como frentes de expansão agropastoril de Minas Gerais, em um contexto de colonialismo marcado pela exploração massiva em grandes instalações de implantação florestal, em terras devolutivas e possuidoras de alto potencial produtivo, onde foram implantadas e povoadas, fazendas, fazendas e povoadas.

Desse modo são diversos os municípios do extremo sul baiano, a exemplo de Eunápolis, Teixeira de Freitas, Medeiros Neto, Itabela, Itamaraju, Itagimirim de outros. Tratandose especificamente de Eunápolis, chegou ao distrito de serrarias Cabrália e Porto de Santa Cruz, povoado de ser emancipado, em alusão ao papel de desmatamento e instalação pelada, em alusão ao papel de desmatamento e instalação para exploração madeireira (NETO, 2009, p. 77).

O principal marco de fundação de Eunápolis, é o dia 5 de novembro de 1950, quando foi celebrada uma missa dirigida pelo padre Emiliano Gomes Pereira, pátio de Porto Seguro, que afirmou durante a cerimônia, estar o local destinado a tornar-se um centro progressista. Isto não ocorre no contexto da chegada do secretário de Viação e O engenheiro Eunápio Peltier de Queiroz, que esteve na região para a festa de inauguração de um trecho da BR 367 entre Ibiapina e Mundo Novo (hoje distrito). Atualmente o km 64 da estrada, local onde se formou-se um funcionário dos trabalhadores que atuaram na obra, e que aguardaram ali a contratação de uma nova empreiteira até a conclusão do trecho da estrada que deverá funcionar o estado de Minas Gerais.

Até o momento a obra não foi concluída, porém foram surgindo as formas de funcionamento das instalações, estabelecimentos pequenos que comercializavam alimentos, equipamentos, além de hospedarias e outros serviços. Aos poucos pessoas chegando e as famílias se estabelecendo e multiplicando, casas, escolas, praças; expandindo sobretudo após a conclusão da BR 1901 em 22 de abril de 1973, a ocupação urbana e a demografia do local, uma povoação que prosperou ao ponto de tonar-se município, após a realização do plebiscito sancionado pelo governador Waldir Pires no dia 12 de maio de 1988.

A capela Nossa Senhora Auxiliadora surge em meio a este contexto, e é uma das primeiras habitações construídas na cidade, marcando a povoação no local permanente em uma profunda relação com as celebrações do dia 5 de 1950; sendo, um marco fundamental do município, um que sobrevivem frente ao dos últimos, que é um modelo de progresso histórico, que é famigerado aos elementos do patrimônio histórico, da diversidade de culturas e memórias.

Como é observado na fotografia que aparece no início do texto, uma parte da parede da capela sem reboco, revela que sua estrutura foi erguida de pau a pique, técnica de bioconstrução considerada “rudimentar”, e muito prática na região, cuja origem remete aos povos indígenas e ao continente africano. Isto evidencia exemplos foram empregados técnicas mais específicas de construção disponíveis (e caras à época, como por a utilização a utilização de tijolos; o que possibilita afirmar, portanto, a possibilidade de construção ter sido realizada de modo autônomo, que necessitavam de um espaço físico para praticar os rituais da sua cidade, um exemplo de batismos, missas e etc.

Um aspecto importante a ser destacado em torno da capela, é a sua relação com o processo de formação da memória cultural regional, marcada (sobretudo na segunda metade do século 20) pela influência dos tropeiros, marcada, ribeirinhos, romeiros e trabalhadores, vindos principalmente do Vale do rio Jequeitinhonha e Mucuri em Minas Gerais, e que trouxeram consigo, um conjunto de tradições práticas e saberes, vinculados à devoção à Nossa Senhora Auxiliadora e outros santos católicos.

Antes da construção das rodovias e do acampamento, Euná foi um ponto de parada e para os romeiros e tropeiros que seguiam do norte e nordeste de Minas, a exemplo das cidades de Jordânia, Almen, Jacinto, Sal da Divisa, Santa Maria do Salto (e outras), em direção ao Santuário de Nossa Senhora d’Ajuda, localizado no distrito de Arraial d’Ajuda (atual município de Porto Seguro). Este foi o primeiro centro de Romaria do Brasil, erguido em 1549 sob a ordem dos Jesuítas. Não existe nenhuma fonte local d´agua que foi milag por supostamente até curar doenças, de modo que pessoas rosas são todas as famílias inteiras, consideradas como origens a origens, até mesmo fazer e esta persiste peregrinações até os dias atuais.

Nas idas e vindas, e na encruzilhada caminhos, a BR 101 e 367, surgiu a cidade de Eunápolis que já foi reconhecida entre a rodovia o signo de “maior povoado do mundo”, mudando algumas vezes de nome, vindo a se chamar de Nova Floresta, “64” e Ponto dos Quatro. Nestes locais marcados por muitas passagens, pessoas realmente retratadas e outras cultivares são especialmente notadas que ficaram no meio do caminho; romeiros, tropeiros e trabalhadores da estrada, que também com outros atores sociais, fazem parte importante da cultura e história regional.

Segundo Benedict Anderson (1983, p.05) a “essência de uma nação consiste em que todas as coisas são coisas em comum, e que todos são esquecidos”, considerando que os elementos constitutivos da memória reiteram que este é um fenômeno socialmente, se realiza a produção dos esquecimentos, se realiza “no confronto de memórias entre os grupos criados para criar opostas e os fatos constroem-se, destruindo relevantes para seus opositores” (MOTTA, 2017, p.08). Compreende-se neste panorama de análise, que a capela representa a fé da memória dos indivíduos tidos como periféricos, no processo histórico da cidade e suas narrativas “oficiais”, de modo que a existência da mesma em pleno centro da cidade, destoa do paradigma de “progresso e modernidade” preconizado pelas autoridades locais,

Portanto, torna-se importante afirmar, que a capela de Nossa Senhora Auxiliadora representa a fé, memória e identidade dos primeiros habitantes de Eunápolis, tornando-se, portanto, alvo de políticas públicas para sua proteção e promoção.

Uma sociedade civil, cobra das autoridades públicas competentes ao caso, organizada para a proteção da câmara e da gestão municipal, organizada a partir da proteção da câmara da capela e da organização das medidas cabíveis para averiguação dos vereadores, a partir de agora organizada das medidas cabíveis que o mesmo representará uma regional, beneficiando jovens, adultos e crianças das universidades, redes de ensino municipal, privada e estadual, que possa desfrutar do espaço da capela um ambiente de estímulo ao sentimento de pertencimento, fomentando a cultura, memória e educação para a sociedade eunapolitana e regional.

ANEXO DE IMAGENS

Imagem 02 Capela Nossa Senhora Auxiliadora pela intervenção urbana. Fonte: Espaço Cultural Viola de Bolso

Imagem 03 Capela Nossa Senhora Auxiliadora pela intervenção urbana. Fonte: Espaço Cultural Viola de Bolso

Imagem 03 Capela Nossa Senhora Auxiliadora pela intervenção urbana. Fonte: Espaço Cultural Viola de Bolso

Imagem 04 Capela Nossa Senhora Auxiliadora pela intervenção urbana. Fonte: Espaço Cultural Viola de Bolso

BIBLIOGRAFIA

ANDERSON, Benedict R. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e difusão do nacionalismo. Londres/Nova York, Verso. 1983.

PARAÍSO, MHB Amixokori, Pataxó, Monoxó, Kumanaxó, Kutaxó, Kutatoi, Maxakali, Malali e Makoni. Povos indígenas diferenciados ou Subgrupos de uma mesma Nação? Uma proposta de reflexão. Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 4: 173–187, 1994.

NETO, Sebastião Cerqueira. Do isolamento regional à globalização: contradições sobre o desenvolvimento do Extremo Sul da BahiaTese (Doutorado em Geografia) — Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2009.

MOTTA, Márcia Maria Menéndez. História e memória. Cadernos do CEOM — Ano 16, n. 17 — Memória social, 2017.

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