Por Caio Mello.
O Congresso da Colômbia aprovou ontem à noite (12) a criação do Ministério da Igualdade e Equidade. A proposta foi aprovada com ampla maioria tanto na Câmara quanto no Senado. Na Câmara dos Representantes colombiana, a proposta teve 139 votos favoráveis e 8 contrários. No Senado, apenas 6 votaram contra e 61 favoravelmente ao texto.
O ministério terá como objetivo combater as desigualdades, sejam elas políticas, econômicas ou sociais no país. Para isso, já são consideradas propostas como uma renda mínima de meio salário para as mães chefes de família, garantia de igualdade salarial entre gêneros e reconhecimento do trabalho doméstico para pensões e aposentadorias.
Também foi anunciado que a pasta será comandada pela vice-presidente do país, Francia Márquez, que iniciou sua carreira política a partir do ativismo social e ambiental.
Ela foi ao Twitter para comemorar a criação do ministério e pontuou que esse é “um mecanismo para avançar na redução efetiva das lacunas da desigualdade e iniquidade na Colômbia”
O relator do projeto de lei do Senado, Alexander López, correligionário de Francia, também comemorou a aprovação e disse que o ato aproxima a Colômbia “do sonho de tirar milhões de mulheres, camponesas, jovens, indígenas, negros, idosos, comunidades diversas e colombianas da miséria e da tragédia que lhes foi imposta”.
No entanto, nos comentários da postagem da vice-presidente, alguns perfis cobraram resultados efetivos da pasta. Um deles disse que a criação do ministério não pode significar mais dinheiro para a burocracia e menos para as políticas públicas do setor. Agora, o texto da Câmara e do Senado deverá ser unificado para então ir à sanção e assinatura do presidente, Gustavo Petro.