Ato Contra o Aumento da Tarifa: Mãos ao alto, essa tarifa é um assalto!

Texto e fotos por Fernanda Pessoa, para Desacato.info.

A Frente de Luta Pelo Transporte Público de Florianópolis organizou no final da tarde de ontem o primeiro Ato Contra o Aumento da Tarifa. Desde o último domingo, dia 11, os moradores da capital catarinense pagam mais pelo transporte coletivo.  O valor do cartão, que antes era 2,58, aumentou para 2,98, ou seja, quarenta centavos. E, quem pagava no dinheiro, percebeu um reajuste de 12%, a tarifa foi de 2,75 para 3,10.

A concentração para a passeata começou, às 17h, em frente ao Terminal Integrado do Centro (Ticen). Logo após as seis da tarde, os manifestantes atearam fogo em uma catraca, forma simbólica de protestar contra o aumento da tarifa e a favor da Tarifa Zero. Com este gesto, mais de duzentas pessoas deram inicio a passeata que percorreu as ruas centrais de Florianópolis até o Terminal Integrado da Trindade (Titri).

A primeira parada foi na prefeitura, onde os manifestantes queimaram o boneco representando o prefeito César Souza Júnior. Com gritos como “Mãos ao alto, essa tarifa é um assalto” e “Eu pago, não deveria, transporte público não é mercadoria”, os manifestantes continuaram a caminhada pela Avenida Hercílio Luz, passaram pela Avenida Mauro Ramos e seguiram pela Beira- Mar Norte.

Em torno das 20h, o grupo chegou à Casa do Governador, onde o integrante da Frente de Luta Pelo Transporte Público de Florianópolis, Victor Khaled, anunciou o próximo ato. Agendada para a próxima sexta-feira, dia 16, às 17h, em frente ao Ticen, a próxima manifestação  é estratégica porque acontece ao mesmo tempo que outros protestos contra o aumento da tarifa no Brasil. Em seguida, os manifestantes seguiram até o Titri e finalizaram o protesto com um “catracaço” – quando todos pularam as catracas do terminal.

Apesar das promessas de melhorias feitas com a implantação da nova licitação, concedida ao Consórcio Fênix, os usuários reclamam da falta de horários, de manutenção dos veículos e, principalmente, do alto valor da tarifa, que não condiz com a qualidade dos serviços prestados.  O consórcio é formado por cinco empresas – Canasvieiras, Emflotur, Estrela, Insular e Transol – atuantes no transporte público desde 1926. Com a licitação, elas possuem concessão para operar por mais vinte anos.

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