Redação. O decreto do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), que desobrigava a apresentação de comprovante de vacinação contra a Covid-19 para a matrícula escolar foi suspenso. O decreto do prefeito era inconstitucional, por contrariar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), uma legislação federal, além de ferir legislação estadual.
Mesmo suspenso o decreto, há uma tarefa mais árdua, o convencimento e a disputa política das pessoas para a importância da vacinação. É o que considera Giovana Mondardo, sanitarista e vereadora pelo PCdoB de Criciúma, entrevistada hoje (21) no Mural da Manhã.
Giovana elucida que ninguém é proibido de matricular seus filhos na escola ou de matricular-se em uma universidade por não estar vacinado. No entanto, a caderneta vacinal deve estar em dia após um mês do início das aulas, para um ambiente seguro a todas/os.
As condições das unidades de saúde em Criciúma são preocupantes. Construções sem planejamento, queda de energia, falta de vacinadores, etc., levando a um enfraquecimento da atenção primária de saúde, que sofreu um desfinanciamento muito severo durante o governo Bolsonaro. Segundo Giovana, isso afetou inclusive a confiança da população brasileira em relação às unidades de saúde. Aqui é também necessária uma disputa de consciência para que a população volte a confiar no atendimento.
“Sempre que há alguma loucura aparente há por trás um negócio”, comenta o jornalista Raul Fitipaldi. Giovana concorda que há um interesse econômico por trás do enfraquecimento da atenção primária. Favorece os planos de saúde privados e a terceirização. Cita como exemplo a fila de 5 mil pessoas no sistema público para atendimento de saúde mental. Ao invés da prefeitura abrir concurso para mais psicólogos, contrataram clínicas privadas para prestar o serviço psicológico.
Santa Catarina tem sido referência das más práticas, diz Giovana e pergunta: como se chegou até aqui? Assista à entrevista completa no link abaixo: