A conversa está boa, mas, vamos de frente? Por Raul Fitipaldi.

Precisamos os cidadãos e cidadãs de Florianópolis sermos convidados e convidadas a discutir nossa cidade

Imagem: Fecesc

Por Raul Fitipaldi, para Desacato.info.

Como em todo ano de eleição municipal, o Portal Desacato já iniciou seu intenso ciclo de debates pré-eleitorais. Conduzido pela apresentadora Marina Caixeta, no JTT Debate, Desacato recebeu 4 importantes dirigentes do PSB, PT, PSOL e PDT. O conteúdo desse encontro você pode assistir no Canal Youtube do Portal (https://youtu.be/FFizDYEV5Ys). Foi uma conversa generosa, com vários elementos a levar em conta.

O pensamento do Portal, desde a primeira cobertura de eleições municipais, em 2012, com relação à necessidade das esquerdas irem juntas ao pleito, continua o mesmo. Imaginamos que o mesmo aconteça com os eleitores e eleitoras progressistas da capital catarinense. Nos parece, portanto, que não há que perder mais tempo para construir uma frente única, social e política que possa, senão derrotar agora à direita local, dar um sinal muito importante de que os governos conservadores não são uma fatalidade eterna nesta cidade. Escutados os participantes do programa, fica demasiadamente claro que eles também apostam na possibilidade dessa frente.

É verdade que todos passam, de uma ou outra maneira, por processos de construção e reconstrução. No entanto, os partidos não são um fim em si, são uma ferramenta. Se essas ferramentas se reúnem o quanto antes, respeitando seus pontos de divergência, suas federações, seus tamanhos reais, suas táticas internas e suas estratégias, o apoio das bases sociais acontecerá mais cedo. Veremos uma mobilização em torno dos nomes à disposição, tanto em nível majoritário como proporcional, que com tempo suficiente dará consistência à construção de um programa transversal e viável.

Falam os dirigentes de aumentar o número de vereadoras e vereadores até uma cifra de 8 ou 9 representantes na câmara municipal. Essa bancada permitiria pressionar, dentro de um legislativo municipal que desde 1997 é apenas, correia de transmissão do executivo, hegemonizado por uma direita cada vez mais conservadora e excludente. Se esse desejo de aumentar o número de legisladores é verdadeiro, está mais do que na hora de iniciar uma mobilização em todos os cantos da cidade que só uma frente ampla, aliada com a sociedade, pode produzir.

É necessário dar garantias urgentes de que isso virá a acontecer. Precisamos os cidadãos e cidadãs de Florianópolis sermos convidados e convidadas a discutir nossa cidade. Essa construção vem da mão de uma frente que se torne capaz de ouvir, incluir e conduzir o crescimento do campo popular.

É importante respeitar as perspectivas de cada partido, no entanto, é muito mais importante que, com firmeza e humildade, cada um abra mão dos seus projetos menos importantes para conduzir, todos juntos, uma proposta de construção, aliados aos trabalhadores e trabalhadoras, aos aposentados, aos jovens e a todos os movimentos sociais que possibilite uma futura derrota das elites da capital catarinense.

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