Por Ricardo Almeida, em Desacato.info.
Apenas quando vem a loucura, quando se aprende a lidar com ela, como que se tratando de uma batata quente parabolizante entre duplas mãos, quando se manipula tal imposição evolutiva, aquilo que não deu muito certo durante o processo e prosseguiu acumulado incomodando, quando se tem contato diário com a autoconsciência da demência, presente em todos os humanos que conhecem, cria-se um pavor considerável diante do entrópico turbilhão que se aproxima. A dualidade batendo monolítica à fronte dualística em cheio, na noite em que veremos claro como o dia o poder do óbvio nos pulverizando, quando a dominância informada for totalmente inconsciente.
Ilumina o céu o sol.
Reverbera ao som o véu recém rompido, estribilha o ouvido menino. Intitula o pico da bula e anda sem cessar, põe em forma e libera a tênia ainda que simbolicamente.
Adivinha quantos cantos de cantiga por toda cânula trêmula? Sabe-se que em Cuenca todas as peças hurmânicas invocam cáusticos erráticos pudores que sibilam apavoradas pausas quaternárias; e que todos esses átomos agrupados conformam o bojo do violão, o vilão que viola a violona…
Eu falo do quadril apoiado a duas lajotas frias e aderentes, agradando o verniz mineral com suco. Dividido ao meio, com todas as penugens nadegueas e suas sujeirinhas saborosas.
Credo! Nisto!
Digo sob os olhos do dragão, empertigado até os ócios.
Sim! Não pode.
Ricardo Almeida é escritor, músico e zootecnista.
Obs.: a opinião do autor não necessariamente representa a opinião de Desacato.info.