Longa “Porto Príncipe”, imigração e suas consequências

Imagem do longa-metragem “Porto Príncipe”

Nesta sexta-feira, 20, de muita cultura e arte, o JTT – Manhã com Dignidade recebeu a diretora de cinema Maria Emilia Oliveira de Azevedo e os atores haitianos Diderot Senat e Wasmith Destin para falar sobre a filmagem do longa-metragem Porto Príncipe, novo trabalho de Maria.

O filme da artista catarinense transita entre as travessias vividas pelas pessoas que migram e as formas de recepção e acolhimento que recebem ao tentarem se instalar e habitar novas moradas. O pilar da história é a relação de amizade entre Bastid, um jovem haitiano que migra para Santa Catarina e Berta, uma senhora de ascendência alemã. O longa evidencia o embate cultural e ideológico entre esses dois personagens, as violências sofridas pelos migrantes, em especial os negros, as contradições vividas por Berta, uma mulher que vive sozinha e as dificuldades, ainda que muito distintas, que ambos enfrentam.

Os atores do filme Diderot e Wasmith contam sobre suas próprias experiências ao chegar no Brasil. “Foi difícil em quase todos os sentidos, uma cultura e língua diferente. Cheguei ao ponto de me perguntar: ‘O que estou fazendo aqui gente?’ Era uma sociedade que não tinha nada a ver comigo, que não me pertencia. Eu confesso que já tentei voltar várias vezes quando morei em Manaus”, diz Diderot.

Diderot e Wasmith falam sobre a história de seu país e como no Brasil o Haiti é visto apenas como um local de desastres e miséria. No entanto, como colocam os entrevistados “o que está por trás dessa miséria é o imperialismo ocidental, principalmente o norte-americano”, com boicotes, embargos, invasões e controle estadunidense do país.

Assista à entrevista completa no link abaixo:

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