Povo Apinajé da região do Bico do Papagaio, no Tocantins, luta contra o Marco Temporal

Fotos: Via indígenas Apinajé.

Por Claudia Weinman, com informações de Sara Sanchez/Cimi Regional GOTO e fotos dos indígenas Apinajé.

As mobilizações em todo o território brasileiro se intensificam nesta quarta-feira, dia 25 de agosto, contra a tese genocida do Marco Temporal. O povo Apinajé, da região do Bico do Papagaio, região Norte do estado do Tocantins, fechou a estrada nesta manhã, a TO-230, conhecida também como Transamazônica. São aproximadamente 300 indígenas de 20 aldeias da Terra Indígena Apinajé. Eles estão em sintonia e apoiando a mobilização em Brasília contra o Marco Temporal, pedindo que os ministros do STF votem em favor do direito originário dos povos indígenas. Enquanto isso, em Brasília, um grande acampamento foi retomado no domingo, dia 22 e já reúne aproximadamente seis mil indígenas, de mais de 173 povos.

Repercussão Geral

Via: Terra de Direitos.

A agenda de luta dos povos indígenas é extensa e deve permanecer em Brasília até outubro om diversas atividades e mobilizações diferenciadas. Até o dia 28 de agosto pelo menos, a mobilização é contra a tese do marco temporal, que faz parte de uma agenda anti-indígena que está em curso. O julgamento considerado “do século”, está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) na data de hoje, dia 25 de agosto e pode definir pela ampliação ou não do genocídio indígena. Nesse caso, a Corte vai analisar a ação de reintegração de posse movida pelo governo de Santa Catarina contra o povo Xokleng, referente à TI Ibirama-Laklãnõ, onde também vivem os povos Guarani e Kaingang. Em 2019, o STF deu status de “repercussão geral” ao processo, o que significa que a decisão servirá de diretriz para a gestão federal e todas as instâncias da Justiça no que diz respeito aos procedimentos demarcatórios.

Conforme divulgado pela assessoria de comunicação do acampamento Luta pela Vida, “mais de 160 mil pessoas assinaram uma carta aberta ao Supremo Tribunal Federal (STF) manifestando sua posição contra a tese do chamado “marco temporal” e pedindo que a Corte proteja os direitos constitucionais dos povos indígenas, sob grave ameaça neste momento no Brasil”.

Leia na íntegra o documento

Conheça os elementos das 10 teses defendidas pelos ruralistas e porque representam o genocídio dos povos indígenas:

Acompanhe a mobilização de hoje, nas fotos enviadas pelos indígenas Apinajé. 

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