Mostra Mundo Árabe de Cinema em Casa acontecerá online, de 28 de agosto a 21 de setembro

Filme Gaza

Celebrando a diversidade do cinema dos países árabes e a solidariedade entre os povos

O Instituto da Cultura Árabe – ICArabe, com correalização do Sesc-SP – Serviço Social do Comércio-CineSesc e com patrocínio da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, promoverá, de 28 de agosto a 21 de setembro, a Mostra Mundo Árabe de Cinema em Casa. Realizado em plataforma digital (www.mundoarabe2020.icarabe.org de 28 de agosto a 13 de setembro, disponível para acesso ao público para inscrições a partir de 21 de agosto) e também online no Sesc (https://sesc.digital/home, de 31 de agosto a 21 de setembro, às segundas-feiras), o evento ocorrerá como resposta ao momento de enfrentamento à pandemia de covid-19. Além dos cinco filmes inéditos no Brasil (veja programação abaixo, um deles, “1982”, exclusivamente na programação do Sesc-SP), apresentará uma seleção especial da Mostra, que nos últimos 15 anos projetou-se no país e cenário internacional e integrou-se ao calendário cultural da cidade de São Paulo.

A Mostra Mundo Árabe de Cinema em Casa foi idealizada como resposta ao alastro da pandemia, por meio de uma reflexão que envolve as relações afetivo-familiares do espectador com o cenário, onde estão situados personagens eloquentes, muitas vezes em conflito consigo mesmos,  tendo como pano de fundo o status quo político e social da região.

Sobre destaques da programação, como o documentário inédito “Gaza”, que abrirá esta edição, o diretor cultural do ICArabe, Arthur Jafet, comenta: “Em termos de forma, o cinema documentário – ou não ficção – é onde se encontra a experimentação mais ousada e imaginativa. Filmes documentários foram exibidos em locais incomuns, acessíveis por iniciativas independentes da sociedade civil, e ativistas também realizaram exibições e discussões com cineastas que foram vívidas e memoráveis”.

Além da programação de filmes, a Mostra realizará encontros online com participações de diretores e convidados especiais.

A abertura será realizada dia 28 de agosto, às 18h, seguida pela exibição do documentário “Gaza” (foto principal acima), dos diretores Garry Keane e Andrew Mcconnell (trailer: https://www.youtube.com/watch?v=d2yxqkbG23U).

Após a abertura, todos os filmes ficarão disponíveis na plataforma da Mostra e podem ser assistidos pelos usuários cadastrados em quaisquer dias e horários, entre 29 de agosto e 13 de setembro.

Na plataforma do Sesc as exibições ocorrerão às segundas-feiras: 31 de agosto, 7, 14 e 21 de setembro.

 

Sobre o ICArabe

O Instituto da Cultura Árabe, baseado em São Paulo, Brasil, é uma entidade civil, autônoma, laica, de caráter científico e cultural. Visa integrar, estudar e promover as várias formas de expressão da cultura árabe, antigas e contemporâneas, e encorajar o reconhecimento de sua presença na sociedade brasileira. Está aberto à participação de todos os que acreditam ser premente assegurar o respeito às diferenças.

PROGRAMAÇÃO

Eventos da Mostra (no Zoom e no canal do Youtube do ICArabe):

28 de agosto, às 17h55

Abertura da Mostra Mundo Árabe de Cinema em Casa

Abertura com Mohamed Habib, presidente do ICArabe;

Rubens Hannun, presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira

Danilo Miranda, diretor do Departamento Regional do Sesc São Paulo

Soraya Smaili, idealizadora da Mostra

Silvia Antibas, diretora Cultural da Câmara Árabe

Arthur Jafet, diretor cultural do ICArabe

*Exibição do filme “Gaza”* na plataforma da Mostra

3 de setembro, às 17h

Bate-papo online

Soudade Kaadan, cineasta síria do filme “The Day I lost my Shadow”

Esther Império Hamburger, professora de história do cinema e do audiovisual/ ECA-USP

Flávia Guerra, curadora e crítica de cinema (mediadora e comentarista);

4 de setembro, às 16h 

Bate-papo online

Eric Motjer, o cineasta catalão de Beirut – La Vie en Rose

Roberto Khatlab/historiador/USEK-Líbano

Salem Nasser/professor de Direito Internacional-FGV-SP

Natália Calfat/USP, cientista social (mediadora e comentarista);

Eduardo Mossri, ator de “Cartas Libanesas” e “Órfãos da Terra” (mediador e comentarista)

11 de setembro, às 17h

Bate-papo online

Garry Keane, cineasta irlandês do filme “Gaza”

Arlene Clemesha/USP, historiadora

Diogo Bercito, jornalista, autor do blog Orientalíssimo (mediador e comentarista)

FILMES

Plataforma digital da Mostra www.mundoarabe2020.icarabe.org

(28 de agosto a 13 de setembro)

Seleção Inéditos

Beirute, La Vie en Rose

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Red Sea International Film Festival 2020 (Arábia Saudita)

Barcelona 2019 (Espanha)

Gênero: Documentário

Idiomas: arabe, francês e inglês

Diretor: Èric Motjer

Trailer https://www.youtube.com/watch?v=YxB3U63milM

Sinopse

Um documentário que se aproxima da vida de quatro membros da elite cristã libanesa. Em um dos países politicamente mais instáveis ??do mundo, os protagonistas são um símbolo da antiga “Suíça do Oriente Médio”, os últimos representantes de uma era de ouro que relutam em desistir. No meio de uma vida cotidiana marcada pela insegurança e pela guerra, os protagonistas superaram o medo do futuro e do estilo de vida, agindo como se nada tivesse mudado desde a independência do Líbano. Eles vivem em um oásis agridoce, uma mistura de uma intensa vida social com suntuosas celebrações e a extravagância dos tempos passados. Através do documentário, testemunharemos o fim de uma era e um modo de vida cujos dias estão contados.

Sobre o diretor:

Diretor, documentarista e produtor. Mestre em cinema e sociedade documental pela ESCAC (Universitat de Barcelona), formou-se em cinema documental na EICTV de Cuba. Desde 2018, dirige o festival de curtas Manlleu Film Festival e também trabalha como diretor de fotografia e produtor freelancer de documentários e videoclipes. ‘Beirute, la vie en rose’ (73 ‘, 2019) é seu primeiro longa-metragem documentário como diretor, onde se mergulha no mundo da elite cristã em Beirute.

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Beirut, La vie en rose 

Western Arabs

Árabes Ocidentais (versão brasileira)

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Gênero: Documentário

Elenco: Omar Shargawi, Dar Salim, Janus Nabil Barkawi

Países: Dinamarca e Holanda

Idiomas: árabe, dinamarquês e inglês

Diretor: Omar Shargawi

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=DRu3n2Zy2IU

Teve 3 indicações:

Alemanha:

Berlin International Film Festival 2019

Indicado para o prêmio Glasshüte como melhor filme.

Dinamarca:

Bodil Awards 2020

Indicado como melhor documentário (bedste dokumentarfilm)

CPH Dox 2019

Indicado para o prêmio Danish Dox

Sinopse

Uma história histórica e pessoal, baseada na experiência do próprio diretor, família, amigos e conhecidos. Nós os seguimos e retratamos diferentes situações ao longo de suas vidas – o triste, o vil, o emocional e o cômico. Uma história universal de uma família que surgiu de um encontro cultural simultaneamente bonito e trágico; como é o caso em centenas de milhares de famílias na Europa e no resto do mundo ocidental. Omar sente-se culturalmente dividido entre sua mãe dinamarquesa e seu pai palestino. Em cenas documentais e ficcionais, ele explora a agressão latente de seu pai e seu impacto sobre sua própria identidade como pai.

Sobre o diretor

Nascido em 1974, na Dinamarca. Criado por sua mãe dinamarquesa e pai palestino em Copenhague. Diretor autodidata com experiência anterior trabalhando como fotógrafo. Shargawi estreou no cinema como diretor ‘Go with Peace Jamil’ (2008). O filme ganhou vários prêmios em festivais internacionais – ganhando o VPRO Tiger Award em Roterdã, o Church Prize e o FIPRESCI Award em Gotemburgo e o melhor diretor da Transilvânia. ‘Al Medina’ (2015) é seu segundo longa-metragem como diretor. Shargawi também dirigiu vários documentários. ‘My Father from Haifa’ (2009), sobre o pai do diretor que quando criança fugiu com a família da Palestina, levou para casa dois prêmios no Festival Internacional de Cinema de Dubai. Em 2011, ele co-dirigiu ‘Meia revolução’. Seu terceiro documentário ‘Árabes Ocidentais’ (2019) foi selecionado para o Panorama na Berlinale e também para o CPH: DOX.

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Western Arabs

The Day I lost my Shadow

O dia em que perdi minha sombra (versão brasileira)

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O filme estreou em Veneza em setembro 2018. Primeiro filme sírio a competir neste festival.

Gênero: Drama

Idioma: Árabe

Países: Síria, França, Líbano e Qatar

Diretora: Soudade Kaadan

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=gi8qlOefajM

Elenco: Reham Alkassar, Sawsan Arshid, Samer Ismail, Oweiss Mkhallalati

Prêmios:

Festival Internacional de Veneza 2018

Vencedor do Leão do Futuro – Prêmio Luigi de Laurentis

Nomeado:

Prêmio Orizzonti por melhor filme

Prêmio Especial do Júri da Mostra Orizzonti

Prêmio Orizzonti de Melhor Ator

Prêmio Orizzonti de Melhor Atriz

Prêmio Orizzonti de Melhor Diretor

Prêmio Orizzonti de Melhor Roteiro

Vancouver International Women in Film Festival 2019

Vencedor do prêmio de melhor filme

Vencedor do prêmio de melhor atuação – Sawsan Arshid

Valencia Festival of Mediterranean Cinema 2019

Vencedora da Palma de Prata de melhor direção

Minneapolis Saint Paul International Film Festival 2019

Indicado ao prêmio de diretor emergente

Toronto International Film Festival 2018

Festival Internacional de Gouna, Egito – 2018

Indicado ao Golden Star de melhor narrativa

Dallas International Film Festival 2019

Prêmio do Grande Júri de melhor narrativa

Singapore International Film Festival 2018

Indicado ao Prêmio Silver Screen de melhor filme asiático

Los Angeles Film Festival 2018

Vencedor do prêmio concedido pelo júri por melhor ficção;

Indicado ao prêmio de melhor filme

London Film Festival 2018

Sutherland Award – indicado ao melhor filme

Sinopse

No início da guerra na Síria, a jovem farmacêutica Sana tenta comprar um pouco de gás engarrafado, mas sua busca rapidamente sai do controle. A jornada de pânico de Sana é contada com impressionante hiper-realismo e uma excursão ao realismo mágico. Este filme foi escrito em um país onde o amanhã é um pensamento inimaginável. O que é amanhã se você está vivendo sob constantes bombardeios? Vencedor do Prêmio Luigi De Laurentiis de Melhor Estreia em Veneza.

Sobre a diretora

Soudade Kaadan é uma diretora síria, nascida na França. Estudou crítica de teatro no Instituto Superior de Artes Dramáticas da Síria e cinema na Universidade Saint Joseph (IESAV) no Líbano. Seus filmes foram exibidos em vários locais nacionais e internacionais e receberam prêmios internacionais. Seu primeiro longa-metragem de ficção, O dia em que perdi minha sombra, recebeu o prêmio O Leão do Futuro de melhor filme de estreia no Festival de Veneza 2018 e já foi exibido em vários festivais: TIFF, BFI, Busan e IFFR. Seu recente curta-metragem Aziza ganhou o Prêmio Sundance Grand Jury em 2019.

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The Day I lost my shadow 

Gaza

100 minutos

Gênero: Documentário

Elenco: Karma Khaial, Ahmed Qassem, Mahmoud AlRiyashi, Ahmed Jamal Al Aqraa, Habi Abou Alqoran, Ibrahim Abu Alqas, Manal Khalafawi, Aida Abu Sitta, Mohammed Allouh, Ali Abu Yassin

Idioma: Árabe

Países: Irlanda e Palestina

Diretores: Garry Keane e Andrew Mcconnell

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=d2yxqkbG23U

Sundance Film Festival 2019

Indicado ao Grande Prêmio do Júri

Prix Europa 2019

Indicado como melhor documentário

Palm Springs International Film Festival 2019

Indicado ao melhor filme de língua estrangeira

New York Festivals 2020

Indicado à Medalha de Prata de melhor documentário

Munich Film Festival 2019

International Film Festival and Forum on Human Rights 2020

Vencedor da Menção Especial do Júri

Boston Palestine Film Festival 2019

Indicado ao Prêmio de Melhor documentário

Sinopse:

“Gaza” nos leva a um lugar único fora do alcance das reportagens da televisão para revelar um mundo rico em personagens eloquentes e resilientes, oferecendo-nos um retrato cinematográfico e enriquecedor de um povo que tenta levar uma vida significativa contra os escombros de um conflito perene. O documentário é uma coprodução germano-irlandesa-canadense com a Real Films, Filmoption International, Fine Point Films, Gebrueder Beetz Filmproduktion e ZDF em cooperação com a ARTE. Através de um elenco de personagens cuidadosamente escolhidos, GAZA dá uma olhada incomum na vida dentro da Faixa.

Sobre os diretores

Garry Keane, diretor e produtor

Em 1992, depois de estudar cinema no London College of Communication e na Irish National Film School, trabalhou como diretor de fotografia em Nova York e Londres, antes de se estabelecer na Irlanda, onde foi documentarista nos últimos 25 anos. Nesse período, Garry dirigiu mais de 100 horas de documentários de TV para emissoras europeias e americanas em mais de 20 países. Em 2011, montou a Real Films e, desde então, os documentários de Keane foram indicados para 11 prêmios da Academia Irlandesa de Cinema e Televisão, ganhando quatro, incluindo dois na categoria Melhor Diretor de TV em 2013 e 2018.

Andrew Mcconnell

É um fotógrafo premiado que cobre eventos mundiais há mais de 15 anos. Seu trabalho frequentemente se concentra em temas de conflito e deslocamento e apareceu em muitas das principais publicações do mundo. Andrew trabalhou profundamente em questões como a crise dos refugiados na Síria, o conflito na República Democrática do Congo e o povo sarauí, esquecido do Saara Ocidental, pelo qual foi premiado com o primeiro lugar no World Press Photo Awards. Baseado em Beirute, trabalhou no Oriente Médio nos últimos 8 anos. “Gaza” é seu primeiro trabalho como cineasta e dá continuidade aos seus projetos fotográficos no território sitiado, iniciados em 2010. Entre várias homenagens, Andrew ganhou dois prêmios de primeiro lugar no World Press Photo Awards, quatro prêmios da National Press Photographers Association, incluindo o prestigioso Best of Show, o primeiro lugar no Pictures of the Year International e 2 Sony World Photography Awards.

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Gaza

Seleção História da Mostra Mundo Árabe de Cinema

Nós e os Outros (Selves and Others), sobre Edward Said – 1ª Mostra

França- EUA – 2004

Inglês

54 min

Documentário

Diretor: Emmanuel Hamon

Neste documentário, o intelectual Edward Said aborda sua doença, suas teorias e sua posição na causa palestina. O filme “Selves and Others: a portrait of Edward Said”, exibido na primeira noite do Ciclo de cinema “Cultura Árabe em debate”, começa com Said na direção de um carro. Ali, com a cidade de Nova York ao fundo, ele fala como aprendeu a conviver com a leucemia, diagnosticada alguns anos antes. Impressiona a coragem de alguém que fala com tanta naturalidade de uma doença que ainda não tem uma cura definitiva. Mas na trajetória de vida do intelectual, as soluções para os problemas que seus escritos levantavam, ou para as causas que defendia, também não se ofereciam em um horizonte mais próximo. Conhecido como um dos grandes intelectuais contemporâneos da América e um porta-voz proeminente da causa palestina nos Estados Unidos, Said morreu em setembro de 2003 aos 67 anos. Pouco antes de sua morte, uma equipe de filmagem francesa passou várias semanas com ele e sua família. . The Result is Selves and Others, um documentário íntimo que oferece um vislumbre de algumas das reflexões finais de Said sobre os temas que dominavam seu trabalho. Exibido na Primeira Mostra Mundo Árabe de Cinema, em parceria com o CineSESC – 2005

Budrus
2010
Cor / Color Digital 78′. Empresa Produtora / Production Company: JUST VISION. Produção / Production: JULIA BACHA, RULA SALAMEH, RONIT AVNI. Fotografia / Photography: SHAI POLLACK. Montagem / Editing: JULIA BACHA, GEETA GANDBHIR. Música / Music: KAREEM ROUSTOM. Contato / Print Source: JUST VISION (https://www.justvision.org/budrus)

Diretora: Julia Bacha

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=2hqYR7OkqL4&feature=emb_logo

Sinopse

Em 2003, quando o governo israelense decide erguer uma barreira entre Israel e a Palestina, a vila palestina de Budrus torna-se o principal palco de manifestações. O muro atravessaria o vilarejo, destruindo os campos e separando famílias. Mas Ayed Morrar, líder da comunidade, dá início a um movimento de resistência histórico, em que une palestinos de facções políticas rivais e israelenses simpatizantes da causa. A vitória, no entanto, parecia improvável, até sua filha de quinze anos, Iltezam, tomar a dianteira e mobilizar um contingente de mulheres na luta. Panorama do Festival de Berlim.

Sobre a diretora

Julia Bacha é cineasta premiada pela Peabody, estrategista de mídia e diretora de criação da Just Vision. Foi codiretora e roteirista de Encounter Point (2006), diretora e produtora de Budrus (2009) e de My Neighborhood (2012). Além de ter sido agraciada com 20 prêmios de Festivais Internacionais de Cinema, o trabalho de Julia Bacha foi exibido nos festivais de Sundance, Berlim e Tribeca, transmitidos pela BBC, HBO e Al Jazeera e compartilhado com os campos de refugiados palestinos e o Congresso norte-americano.

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A Trilogia do Deserto, 4ª Mostra

Andarilhos do deserto (1984), O colar perdido da pomba (1991) e Baba Aziz, o príncipe que contemplava a sua alma (2005).

Diretor: Nacer Khemir

Sobre a trilogia:

Andarilhos do Deserto (El-haimoune – 1986) Um jovem professor é enviado a um vilarejo perdido no tempo e acaba envolto em um mundo de misticismo, onde um homem (Assam) passa cinquenta anos cavando as areias à procura de um misterioso tesouro e uma maldição antiga tira os jovens de suas casas e os fazem caminhar pelo deserto eternamente (metáfora para a confusão social e política no mundo árabe moderno), entoando um lamento (representativo do receio pelo futuro). A jornada do professor, este exílio, torna-se uma eficiente metáfora. Ele chega de ônibus e em pouco tempo irá confrontar seus hábitos refinados àquela esquecida realidade de seu povo. Ele terá que reconfigurar seu condicionamento, aceitando entender como funciona a mentalidade destes homens.

Andarilhos do deserto, e que exibimos na presente mostra, foi realizado em 1984. Faz parte do que posteriormente se batizou de trilogia do deserto, sendo o primeiro da série, no qual Khemir tocou fundo em toda a influência que recebeu da literatura árabe, da arte de contar estórias e de um mundo de fábulas. Andarilhos do deserto foi pioneiro e inovador em seu momento de lançamento, e até hoje continua surpreendente e candente. O segundo filme da trilogia, O colar perdido da pomba, tem o mesmo ritmo, mostrando a enorme influência da arte, da arquitetura e, principalmente, da caligrafia. Fala do amor e o apresenta de maneira poética e delicada. Bab`Aziz ou Baba Aziz, como preferimos traduzir para o português, é o último – e mais recente – filme da trilogia. Produzido em 2004, ou seja, 20 anos após o primeiro filme da série, marca um retorno do Khemir cineasta, após alguns anos de ausência, período em que o diretor se dedicou a outras atividades artísticas. Baba Aziz tem forte influência do formato narrativo das Mil e uma noites, no qual Khemir cultua e cultiva ainda mais profundamente a cultura árabe clássica.

Sobre o diretor:

Nacer Khemir é um intelectual intenso e completo, com sólida formação. Além de cineasta, atua como artista plástico, calígrafo e ator. Não obstante tenha vivido parte de sua vida na França, onde recebeu boa parte de sua educação formal, Khemir é um arabista, que estuda a literatura e a poesia árabes e tem enorme apreço por sua identidade cultural e por sua origem. Utilizando diferentes formas de expressão, deixa clara sua profundidade e a exuberância de sua herança cultural, consciente do poder que ela é capaz de exercer no imaginário. Sua obra merece ser vista e conhecida do público brasileiro, que até o momento não teve esse contato, apesar de seus primeiros trabalhos terem sido realizados na década de 80.

Dunia, de Jocelyn Saab – 5ª Mostra

(Dunia – Kiss me not on the eyes, 2006, Libano/Egito/França, cor, 108’)

Direção: Jocelyn Saab

Gênero: Ficção

Elenco: Hanan Turk, Mohamed Mounir, Fathy Abdel Wahab

Trailer https://www.youtube.com/watch?v=5Rq0jp14syk

Sinopse

A jovem estudante de Belas Artes Dunia sonha em ser uma bailarina profissional e poeta. Sua expressão artística é inibida, no entanto, por sua inabilidade em experienciar e expressar o desejo. Dunia acredita que uma mulher não pode mover o seu corpo de maneira sensual e é frequentemente estimulada a pensar e falar sobre isso pelo professor Dr. Beshir. O enredo do filme leva a uma viagem por uma sociedade cheia de contradições sobre a sexualidade.

Sobre a diretora:

Nasceu e foi criada em Beirute, no Líbano. Seu primeiro trabalho foi apresentar um programa de música pop na estação de rádio nacional libanesa chamado “Marsipulami tem olhos azuis”. Então se tornou locutora de televisão. Depois que a guerra civil estourou no Líbano, Saab começou a trabalhar em documentários. Isso a levou a um trabalho como diretor de segunda unidade de “Circle of Deceit”, dirigido por Volker Schlondorff em 1981, sobre a guerra civil libanesa. Ela continuou a relatar e documentar a guerra.

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Dunia

Ponto de Encontro, de Julia Bacha – 5ª Mostra

(Encounter point, 2006, EUA, cor, 85’)

Direção: Júlia Bacha e Ronit Avni

Gênero: Documentário

Trailer https://www.youtube.com/watch?v=LNczEHXm-5Q

Sinopse

Ponto de Encontro é uma co-produção entre palestinos, israelenses, norte-americanos e sul-americanos que atravessam os estereótipos e os dogmas para contar histórias dos que vivem na Palestina ocupada e em Israel.

Sobre as diretoras

Julia Bacha

Cineasta premiada pela Peabody, estrategista de mídia e diretora de criação da Just Vision. Foi codiretora e roteirista de Encounter Point (2006), diretora e produtora de Budrus (2009) e de My Neighborhood (2012). Além de ter sido agraciada com 20 prêmios de Festivais Internacionais de Cinema, o trabalho de Julia Bacha foi exibido nos festivais de Sundance, Berlim e Tribeca, transmitidos pela BBC, HBO e Al Jazeera e compartilhado com os campos de refugiados palestinos e o Congresso norte-americano.

Ronit Avni

Empreendedora, CEO, fundadora de tecnologia, palestrante, produtora premiada Peabody. Nomeada “Jovem Líder Global (YGL)” pelo Fórum Econômico Mundial e duas vezes nomeada “DC Power Woman in Tech”. Mais de 10 anos de experiência fundando, construindo e liderando organizações de tecnologia e mídia, gerenciando diversas equipes remotas em mercados em crescimento, levantando capital e criando produtos de mídia e tecnologia que as pessoas adoram. Fundadora e CEO da Localized. Atual juiza do Global Teacher Prize.

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Ponto de Encontro

Sobre Futebol e Barreiras, de Arturo Hartmann – 7ª Mostra

Título original: Sobre Futebol e Barreiras
Brasil | 2011 | 110 min. | Digital
Gênero: documentário
Direção: Arturo Hartmann, Lucas Justiniano, José Menezes, João Carlos Assumpção
Roteiro: Arturo Hartmann, Lucas Justiniano
Idiomas: inglês, hebraico, árabe e português
Trailer: https://vimeo.com/16403580

Sinopse

No momento em que israelenses e palestinos torcem por times durante a Copa do Mundo de 2010, são discutidas questões-chave da história e da sociedade daquele território. Entre os personagens, um judeu israelense que torce pela Alemanha, um árabe que foi um dos principais jogadores da história do futebol de Israel e um palestino que mistura futebol e política na visão que tem de seu povo. Um filme que mostra os sentimentos de inconformismo e de esperança dos participantes, que reflete o que os distancia e ao mesmo tempo, aproxima.

Sobre os diretores

Arturo Hartmann trabalha desde 2005 como repórter, retratando assuntos ligados ao Oriente Médio. Escreve como freelancer para o site OperaMundi e revista Caros Amigos De 2005 a 2009 foi editor e repórter do ICArabe.
João Carlos Assumpção é jornalista, escritor e colunista do diário Lance!, cobriu cinco Copas do Mundo e três Olimpíadas. Autor de três livros sobre futebol. Foi repórter e correspondente em Nova York da Folha de S. Paulo.
José Menezes foi coprodutor do longa-metragem Hotel Atlântico e atuou como diretor de fotografia no longa Vai-Vai: 80 anos nas ruas. Atuou como produtor, editor e assistente de direção em curtas-metragens.
Lucas Justiniano trabalha com audiovisual desde 2003. Como roteirista, atuou em programas de televisão como ShowIg e Nepsa. Como editor, trabalhou em documentários para diretores de renome, como Tatá Amaral, “O rei do Calimã”.

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Sobre Futebol e Barreiras 

Os Caminhos do Mascate – 8ª Mostra

Título original: Los Caminos del Mascate
Espanha | 2012 | 52 min| Digital
Gênero: documentário
Direção: José Luis Mejias
Idioma: espanhol com legendas em português

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=UaHftN-A6yQ&t=12s

Sinopse

O diretor espanhol resolveu investigar a história da imigração árabe no Brasil, que começou no século 19. Herdeiros de uma cultura comercial, os árabes chegaram ao país embarcando na profissão de mascate e levando seus produtos onde os transportes da época não conseguiam chegar. O filme mostra sagas de imigrantes e traz depoimentos de descendentes como o escritor Milton Hatoum, os professores universitários e pesquisadores Soraya Smaili e Michel Sleiman e o músico Sami Bordokan, entre outros. Inédito no Brasil.

Sobre o diretor

Morador de Madri, José Luis Mejias é fotógrafo e gosta de pesquisar povos e costumes de outros países, além da Espanha. O documentário, para o qual passou um mês no Brasil, foi seu primeiro filme.

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Os caminhos do mascate

Nós Descobrimos a América Antes de Colombo – 11ª Mostra

Arábia Saudita | 2014 | – 12 anos

Gênero: Documentário

Direção: Khalid Abualkhair

Idioma: Inglês com legendas em Portuguës

Elenco: Jose Hurtado, Jesus Flores, Luisa Isabel Álvarez, Pathé Diagne.

Sinopse
Patrocinado pela Universidade de TAIBA, o Doutor Khalid Abualkhair conduziu a pesquisa científica que resultou na produção de um documentário para entender quem foram exatamente os descobridores da América. A pesquisa durou dois anos e meio, envolvendo mais de 30 pesquisadores da Espanha, Marrocos, Brasil, Mali e Senegal, que transitaram entre os países em busca de documentos históricos. O documentário fundamenta o valor científico das viagens realizadas e das entrevistas gravadas. O documentário foi reconhecido pela Liga das Universidades Islâmicas e pela UNESCO por seu valor científico-histórico.

Sobre o diretor
Khalid Abualkhair é membro do corpo docente da Universidade de TAIBA, do departamento de comunicação e informação. Sua área de pesquisa se concentra na presença árabe na Andaluzia e de Abu Bakr II, imperador do Mali, no descobrimento da América, meio século antes que Colombo.

Naila e o Levante – 13ª Mostra

Estados Unidos, Palestina | 2017 | 76 minutos – 14 anos

Gênero: Documentário, animação

Direção: Julia Bacha

Idioma: Árabe, inglês e hebraico, com legendas em português

Elenco: Naila Ayesh, Zahira Kamal, Azza al-Kafarneh, Naima Al-Sheikh, Roni Ben Efrat, Sama Aweidah

Trailer https://www.youtube.com/watch?v=zotlaEEnSZw&feature=emb_logo

Sinopse
Quando um levante nacional eclode em 1987, uma mulher em Gaza deve escolher entre o amor, a família e a liberdade. Destemida, ela abraça todos os três, juntando-se a uma rede clandestina de mulheres em um movimento que força o mundo a reconhecer, pela primeira vez, o direito palestino à autodeterminação. Naila e o Levante narra a notável jornada de Naila Ayesh, cuja história é tecida através da mais vibrante e não violenta mobilização na história da Palestina: a primeira Intifada no final dos anos 1980.

Sobre a direção

Julia Bacha é cineasta premiada pela Peabody, estrategista de mídia e diretora de criação da Just Vision. Foi codiretora e roteirista de Encounter Point (2006), diretora e produtora de Budrus (2009) e de My Neighborhood (2012). Além de ter sido agraciada com 20 prêmios de Festivais Internacionais de Cinema, o trabalho de Julia Bacha foi exibido nos festivais de Sundance, Berlim e Tribeca, transmitidos pela BBC, HBO e Al Jazeera e compartilhado com os campos de refugiados palestinos e o Congresso norte-americano.

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Naila e o levante

Exibições CineSesc- Sesc-SP   https://sesc.digital/home

(31 de agosto a 21 de setembro)

INÉDITOS

The Day I lost my Shadow

(sinopse acima)

Western Arabs

(sinopse acima)

Seleção História da Mostra Mundo Árabe de Cinema

Nós e os Outros (Selves and Others), sobre Edward Said – 1ª Mostra

(sinopse no início do release)

Sob as Bombas – 4ª Mostra Mundo Árabe de Cinema

Gênero: Ficção
País: França/Líbano/Reino Unido/Bélgica
Ano: 2007
Título original: Under the Bombs
Direção: Philippe Aractingi
Elenco: Nada Abou-Farhat, Georges Khabbaz, Rawya El-Chab, Bshara Atallah
Duração: 98 min
Idioma: Árabe, inglês, francês
Legenda: Português
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=YbabkJPcTts

Zeina é xiita e vive em Dubai. O seu filho Karim reside temporariamente em Kherbert Selem, uma pequena aldeia no sul do Líbano, com a sua irmã. A guerra eclode no Líbano. Muito preocupada, Zeina parte para esse país, entrando pela Turquia. Devido ao bloqueio, ela só chega ao porto de Beirute no dia do cessar-fogo, quando conhece Tony. Ele é cristão, vive na capital libanesa e é taxista. Os dois têm pouco em comum, mas, nas circunstâncias em que se encontram, isso pouco interessa.

Quando chegam a Kherbert Selem, a vila está em ruínas. A irmã de Zeina foi assassinada e All, um jovem, diz a eles que Karim foi levado dali por jornalistas franceses. Zeina e Tony partem em busca da criança perdida.
Festivais:
Sundance Film Festival 2008 (Grand Jury Prize), Festival de Veneza 2007(Prêmio Visão Alternativa, EIUC), Dubai International Film Festival 2007

Exibido na Mostra Mundo Árabe de Cinema – 2009

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Serviço:

Mostra Mundo Árabe de Cinema em Casa

Quando: 28 de agosto a 13 de setembro

Onde: online

Plataforma da Mostra: www.mundoarabe2020.icarabe.org – INSCRIÇÕES ABERTAS EM BREVE

Plataforma do Sesc:  https://sesc.digital/home

Quanto: grátis

Realização: Instituto da cultura Árabe

Correalização: CineSesc- Sesc-SP – Serviço Social do Comércio

Patrocínio: Câmara de Comércio Árabe-Brasileira

Apoio: Instituto do Sono e Fambras – Federação das Associações Muçulmanas do Brasil

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