Tiago Nhandewa, da Mídia Nativa ON, fala sobre o Levante pela Terra em Brasília

Por Claudia Weinman e Julia Saggioratto, para Desacato. info.

No JTT Indigenista de ontem, quinta-feira, o Portal Desacato entrevistou Tiago Nhandewa, da Terra Indígena Araribá, Aldeia Tereguá, município de Avaí-SP, que falou com a nossa reportagem desde Brasília, onde acontece o primeiro movimento de “Levante pela Terra”, a luta que reúne até o momento mais de 800 indígenas de 40 povos do Brasil e reivindicam o julgamento do caso de repercussão geral, contra o marco temporal, contra o PL 490 e os demais projetos anti-indígenas que tramitam no Congresso Nacional.

Tiago Nhandewa falou sobre como a Funai recebeu os povos indígenas nesta semana em Brasília, atacando-os com spray de pimenta e bombas de efeito moral. “Foi muito tenso, para nós foi decepcionante, um órgão que deveria abrigar e acolher os povos indígenas não faz isso. Fiquei preocupado, durante a narrativa da transmissão, também tive que me impor porque  sou indígena.  O movimento exige definitivamente a saída do Marcelo Xavier, o presidente da Funai”.

Além de trazer os detalhes da organização do acampamento em Brasília, Tiago falou sobre a “Mídia Nativa ON!”, que foi lançada durante o “Levante” que ocorre em Brasília, no local próximo ao Teatro Nacional, Parque do Ipês, tendo como idealizadores os Étnicos Comunicadores da região Sul da Mata atlântica, sendo Tiago um deles e, também, Márcio Kokoj, da Terra Indígena Mangueirinha, da Aldeia Campina dos Índios, do município de Mangueirinha-PR.

Conheça a Mídia Nativa ON: 

Mídia Nativa ON! – “Conectado com as Aldeias” é lançada em Brasília, durante o movimento “Levante pela Terra”

 

Tiago reforçou ainda, a importância da sociedade compreender o processo de mobilizações em Brasília e, em várias partes do Brasil neste momento. “Não apenas é necessário nos conectarmos enquanto indígenas, mas como sociedade. Se todos estivessem juntos para a luta, conseguiríamos mudar muitas coisas”, refletiu.

 

 

1 COMENTÁRIO

  1. Parente Thiago
    Estou muito Esperançoso que o Movimento Levante pela Terra e a Nossa Midia Nativa On que você está nessa Construção, que será um dos Espaços Seguros onde possamos de alguma Forma nos fazer Presente nessa Imprescindível Construção.
    Pertenço ao Povo Guató Canoeiros do Pantanal, auto-declarado, o
    Primo Irmão do meu pai foi o Cacique na Retomada das Terras e na Volta do
    nosso Povo para a Aldeia Uberaba no Pantanal o Cacique Severo Ferreira e sua Esposa Dalva Maria Ferreira com seus Filhos Prof Zaqueo, Nora Profa Elenir e Netos, Filha Aida, Genro Edson e Netos, onde esteve por mais de 20 Anos, Cacique.
    Nosso Povo Guató Canoeiros do
    Pantanal esteve por mais de 40 Anos sendo considerados Extintos pelo Estado e, a dita “Sociedade Brasileira” e agora desde a Vota as Terras na Aldeia Uberaba no Coração do Pantanal, a Montante, 360 Km Rio Paraguai, a montante(acima) Partir de Corumbá MS e a Jusante pelo
    Mesmo Rio Paraguai, mais de 300Km a Jusante(abaixo), Da Cidade
    De Cáceres MT, no Lado Brasileiro, Limites Geográfico dos Estados Brasileiros Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Extensa Faixa de Fronteira entre os Países Brasil-Bolivia-Paraguai o que Compreende todo o Município de Corumbá MS Com mais de 64 mil Quilômetros Quadrados de Território, parte, significante do Imenso Pantanal, Patrimônio Natural da Humanidade Reconhecido pela UNESCO, compondo com os Rios Paraguai, APA, Paraná, na FOZ, integrando o Estuário do Mar da Plata até o Oceano Atlântico, a grande BACIA DO PLATA.
    A Partir de 28 de Novembro de 1994, da Volta as Terras, hoje já estamos
    Com as Terras Homologadas, Demarcadas e Tituladas, aproximadamente 50 Famílias, na Aldeia e nas Comunidades Ribeirinhas do Entorno, 300 pessoas, sem ainda contar os auto-declarados nas Cidades de Mato Grosso do Sul, De Mato Grosso, de outros Estados
    Brasileiros, na América do Sul e, até em Outros Continentes.
    Recentemente, esteve por
    Um curto Período o Cacique Prof Luís Carlos e, na Atualidade o Jovem Pai de Família, Cacique Osvaldo.
    Em, Mato Grosso, temos Povo Guató nas Regiões do Aterradinho e, da Baía dos Guató outra Aldeia, que entre as Principais Lideranças temos a Nossa Parente Alessandra Guató, que está a Frente das Organizações das Mulheres Indigenas do Estado de Mato Grosso.

    Parente Thiago, neste Contato e Breve contribuição envio o presente pequeno relato que depois, caso Conseguirmos, Melhores Estruturas e Apoio, dentro e fora da Nossa Realidade da Nossa Região e Etnia, nos desafiaremos a apostar em conseguir um pouco mais na Oralidade e Relatos testemunhais, da Nossa Gente, no Território e Lugar de Fala, tanto, quanto a sistêmica redação e formatação euricentrista do Olhar das Outras Pessoas e Gentes de Outros Lugares de Pertencimentos , que não o Nosso e, que por tentarem nos interpretar, muitas vezes, acabam por nos descrever, onde passam Reafirmar a Invisibilidade que sempre
    Nos impuseram.

    Saudações de Nossa Gente Povos Originários Parentes, nossa Frase em Guató

    Goco arero tyto, vogun o ge co
    (Nossas Vidas São os Rios)

    Kira Mareng Magun Kadacan
    (Vamos lá nas Águas do Pantanal)

    Corumbá MS, 20 de Julho de 2.021.

    Prof. Anísio Guató
    (67) 99982 9177 (Whatssap)
    E-mail: [email protected]

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