Federação Palestina do Brasil emite nota sobre o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial

Imagem: Divulgação

Fepal Federação Palestina

Em 21 de março de 1960, em Johanesburgo, na África do Sul do apartheid, a polícia abriu fogo contra uma multidão de mais de 20 mil pessoas que protestavam pacificamente contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um cartão que especificava os locais por onde podiam transitar. O Massacre de Sharperville, como ficou conhecido, teve 69 mortos e 186 feridos.
A ONU instituiu que esta seria a data símbolo da luta pela eliminação da discriminação racial, pelo combate a qualquer tipo de distinção, exclusão ou restrição baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade de impedir ou dificultar qualquer pessoa de exercer suas liberdades fundamentais.
É muito triste que ainda hoje existam estados e nações que legitimem, por meio de preconceitos introjetados historicamente em suas estruturas de controle, o extermínio de populações inteiras. Por sermos representantes desta luta no Brasil, denunciamos aqui a limpeza étnica continuada do povo palestino e o regime de apartheid em Israel e na Palestina ocupada, mas o mesmo acontece com a população negra e outras no Brasil e em outros países.
Cada massacre com suas especificidades, todos eles perversos, desumanos, covardes.
Esta realidade só mudará com consciência, luta, participação política e união. E para isso seguiremos trabalhando, todos juntos e juntas contra a discriminação racial e a violência de Estado – na Palestina, no Brasil, no mundo.

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