Criada a ‘Frente Ampla Nacional em Defesa das Diretas Já’

    Reunindo mais de 55 entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil, de um amplo espectro político, foi criada na segunda-feira (5), em Brasília, a “Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já”. Em nota, o grupo de entidades que criou a frente afirma que a saída para a crise no Brasil depende “fundamentalmente da participação do povo nas ruas e nas urnas”. “A manutenção de Temer ou sua substituição sem o voto popular significa a continuidade da crise e dos ataques aos direitos, hoje materializados na tentativa de acabar com a aposentadoria, os direitos trabalhistas e as políticas públicas, além de outras medidas que atentam contra a soberania nacional”, diz o texto.

     A nova presidenta do PT Nacional, senadora Gleisi Hoffmann (PR), lembrou que o “ 6º Congresso Nacional do PT – Marisa Letícia Lula da Silva“ tirou por unanimidade a resolução das Diretas Já e da não participação dos parlamentares do partido em um eventual colégio eleitoral para escolher de forma indireta o próximo presidente da República.

     “Nós já não participamos do colégio eleitoral em 85, na eleição de Tancredo, quando era para acabar com a Ditadura. Não há nenhuma justificativa para participar de um colégio eleitoral para continuar com o golpe. O que sairá de uma eleição indireta do Congresso Nacional, pode ter absoluta certeza, não será a favor dos trabalhadores, não será a favor do povo brasileiro”, garantiu.

     Confira a íntegra nota de criação da frente:

     NOTA

    Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já

    O Brasil atravessa uma grave crise política, econômica, social e institucional. Michel Temer não reúne as condições nem a  legitimidade para seguir na presidência da República. A saída desta crise depende fundamentalmente da participação do povo nas ruas e nas urnas. Só a eleição direta, portanto a soberania popular, é capaz de restabelecer legitimidade ao sistema político.

     A manutenção de Temer ou sua substituição sem o voto popular significa a continuidade da crise e dos ataques aos direitos, hoje materializados na tentativa de acabar com a aposentadoria, os direitos trabalhistas e as políticas públicas, além de outras medidas que atentam contra a soberania nacional.

     As diversas manifestações envolvendo movimentos sociais, artistas, intelectuais, juristas, estudantes e jovens, religiosos, partidos, centrais sindicais, mulheres, população negra e LGBTs demonstram a vontade do povo em definir o rumo do país.

     Por isso, conclamamos toda a sociedade brasileira a se mobilizar, tomar as ruas e as praças para gritar bem alto e forte: Fora temer! Diretas já! E Nenhum direito a menos! O que está em jogo não é apenas o fim de um governo ilegítimo, mas sim a construção de um Brasil livre, soberano, justo e democrático.

     Assinam:

    Frente Brasil Popular – FBP

    Frente Povo Sem Medo – FPSM

    Centra Única dos Trabalhadores – CUT

    Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – ABONG

    Associação das Mulheres Brasileira – AMB

    Associação Nacional de Pós Graduandos – ANPG

    Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho – ANAMATRA

    Brigadas Populares

    Central dos Movimentos Populares – CMP

    Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB

    Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB

    Central Pública

    Centro de Atendimento Multiprofissional – CAMP

    Coletivo Quem Luta Educa/MG

    Comissão Brasileira de Justiça e Paz da CNBB – CBJP

    Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio – CNTC

    Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE

    Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – CONTEE

    Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos – CNTM

    Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG

    Conferência dos Religiosos do Brasil – CRB

    Conselho Federal de Economia – CONFECON

    Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC

    FASE Nacional

    Fora do Eixo / Mídia Ninja

    Fórum de Lutas 29 de abril/PR

    Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito

    Frente de Juristas pela Democracia

    Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC

    Central Intersindical – INTERSINDICAL

    Juntos

    Koinonia

    Levante Popular da Juventude

    Marcha Mundial das Mulheres – MMM

    Movimento Camponês Popular – MCP

    Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA

    Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST

    Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST

    Movimento Humanos Direitos – MHUD

    Movimento Nacional contra a Corrupção e pela Democracia – MNCCD

    Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM

    Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista – MAIS

    Partido Comunista do Brasil – PC do B

    Partido dos Trabalhadores – PT

    Partido Socialismo e Liberdade – PSOL

    Partido Socialista Brasileiro – PSB

    Pastoral Popular Luterana

    Rede Ecumênica da Juventude – REJU

    Rua Juventude Anticapitalista – RUA

    Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo

    União Brasileira de Mulheres – UBM

    União da Juventude Socialista – UJS

    União Geral dos Trabalhadores – UGT

    União Nacional dos Estudantes – UNE

    Fonte: Rede Mundo.

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