Alexandre Ramagem ameaça Glenn Greenwald e David Miranda pelo Twitter

 Rio de Janeiro – O delegado de Polícia Federal (PF), Alexandre Ramagem Rodrigues Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil – 14/11/2017

Alexandre Ramagem já fala como diretor geral da Polícia Federal e não esconde a que veio. Vai perseguir os adversários políticos da família Bolsonaro.

Os dois primeiros alvos são o casal Glenn Greenwald e David Miranda. O primeiro é o fundador do site Intercept e o segundo é deputado pelo PSOL.

“A PF voltará a investigar denúncias de venda de mandatos entre deputados e suplentes. É inaceitável que agentes estrangeiros aproveitem brechas nas leis brasileiras para se instalar no nosso país e achar que aqui é a casa da mãe Joana.#TicTac

A “venda de mandato” alegada por Ramagem é uma ‘fake news’ antiga, que remonta ao momento que o ex-deputado Jean Wyllys renunciou e saiu do país por causa de ameaças de Bolsonaristas.

Os bolsonaristas inventaram que David comprou a renúncia de Wyllys para assumir seu mandato.

A segunda parte da ameaça é contra Glenn, que é dos Estados Unidos, mas mora no Brasil há vários anos.

Bolsonaro deve confirmar Jorge Oliveira na Justiça e Ramagem na PF, diz agência
O presidente Jair Bolsonaro deve confirmar nas próximas horas a indicação do atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, e do atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem, para a direção-geral da Polícia Federal, disse à Reuters uma fonte com conhecimento das negociações.

Ambos se reuniram no final da tarde de sábado com Bolsonaro no Palácio da Alvorada para fechar as mudanças, mas Oliveira resistia a aceitar a mudança de ministério. De acordo com a fonte ouvida pela Reuters, o ministro terminou por aceitar porque Bolsonaro colocou a situação como uma “missão” que Oliveira, que é filho de um amigo pessoal do presidente, precisaria aceitar.

Jorge Oliveira é filho do capitão do exército, Jorge Francisco, assessor de Bolsonaro por mais de 20 anos na Câmara, e hoje é um dos principais conselheiros do presidente.

O atual secretário-geral da Presidência convive com os filhos de Bolsonaro e foi chefe de gabinete de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) até assumir a Secretaria de Assuntos Jurídicos da Presidência quando Bolsonaro foi eleito. Em junho do ano passado tornou-se ministro da Secretaria-Geral.

Já o nome de Ramagem vem sendo dado como certo para a direção-geral desde a sexta-feira. Neste domingo, o próprio presidente praticamente confirmou sua indicação ao defendê-la de críticas de uma seguidora no Facebook que criticava o fato do delegado ser amigo de seus filhos.

“E daí? Antes de conhecer meus filhos eu conheci o Ramagem (sic). Por isso deve ser vetado? Devo escolher alguém amigo de quem?”, escreveu o presidente.

O delegado da PF foi chefe da segurança de Bolsonaro durante a campanha, assumindo depois do então candidato sofrer a facada em Juiz de Fora. Durante esse período, Ramagem tornou-se muito próximo dos filhos de Bolsonaro, especialmente de Carlos.

Em 2019, Ramagem foi colocado como assessor especial da Secretaria de Governo, quando o general Carlos Alberto dos Santos Cruz ocupava o cargo. Em julho do ano passado, foi indicado para assumir a direção-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e voltou a ter contato muito próximo com o presidente.

Com Ramagem e Jorge Oliveira, Bolsonaro passa a ter no Ministério da Justiça e Segurança Pública e na PF pessoas com quem tem ligações pessoais, como disse desejar ter em seu pronunciamento na sexta-feira, quando procurou rebater acusações do ex-ministro Sergio Moro.

Apesar das tentativas de outros ministros de convencer o presidente a aceitar o nome de um jurista para o ministério, Bolsonaro resistiu. A intenção era tentar minimizar o impacto das declarações de Moro, que ao deixar o ministério acusou Bolsonaro de querer a demissão de Maurício Valeixo da direção-geral da PF para interferir politicamente no órgão e ter acesso a inquéritos e informações sigilosas.

Chegaram a ser cogitados nomes como o do desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª região, mas Bolsonaro resistia a ideia de ter mais um ministro da Justiça com quem não tinha intimidade, como aconteceu com Moro.

Com informações da Agência Reuters.

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