Xiomara Castro ainda precisa afinar sua proposta de governo

Xiomara-Castro 2

Entrevista de Raul Fitipaldi a Ronnie Huete Salgado* para Desacato.info

Português / Español

Desacato.info – Os Direitos Humanos em Honduras tem sido objeto de grande preocupação nacional e internacional, em que condição chega Honduras à eleição desde esse ponto de vista?

Roninie Huete Salgado – Dar vida a um sistema democrático moribundo, com o sangue dos assassinados e das pessoas às que se lhe tem violentado seus direitos humanos em Honduras, ou que similar acontecimento aconteça em qualquer parte onde haja vida humana, é condenar-se a repetir a história.

D – Em algum período da história morreram mais jornalistas e trabalhadores da comunicação em Honduras, como desde o Golpe de Estado em junho de 2009?

RHS – Segue repetindo-se esse período da história. Recentemente assassinaram um cinegrafista de 32 anos, pobre, explorado pela empresa onde trabalhava, cujo proprietário é simpático a um partido político “progressista”. O Estado latino-americano de Honduras é impune.

D – Que papel cumprem os grandes meios de comunicação no processo eleitoral?

RHS – Cada um defende grandes interesses econômicos. Os jornalistas só seguem a linhado dono do meio de comunicação.

D – Como se sentem os jornalistas independentes neste cenário?

RHS – Falarei só por mim. Quando a vida mesma obtém sentido, sem ter preço e fé em Deus, deixaste de viver, percebendo que tens toda uma eternidade para descansar.

D – É possível crer que se realize uma eleição nacional sem fraude?

RHS – Não, a fraude sempre se impôs ante o que chama de democracia. O melhor, aquilo assinalado como ditadura corporativa em todo mundo, não só no espaço de Honduras.

D – Poderias definir- me o papel da embaixada dos Estados Unidos e do Arcebispado na campanha eleitoral. Existe?

RHS – A embaixada sempre defende seus interesses como for, e o arcebispado os abençoa.

D – Como avalias o protagonismo da mulher nesta eleição, e em particular no papel de Xiomara Castro, como candidata desse gênero?

RHS – A mulher comprova seu desempenho político ante a cosmovisão do homem machista latino-americano. A candidata Castro ainda precisa afinar sua proposta de governo, fazê-lo profissionalmente, deixando de lado as emoções, e tentar pensar, por um momento, como as grandes maiorias vilipendiadas de Honduras ou os familiares das pessoas que têm sido assassinadas depois do golpe de Estado.

D – Por fim, fala-me da situação pela que passam os camponeses, os indígenas e os habitantes negros antes da eleição?

RHS – Como te falei num princípio, a história se repete. Os povos originários de Honduras, sobretudo, neste momento o Lenca, está sendo objeto de perseguição por uma corporação internacional. Os camponeses do Baixo Aguán no Caribe hondurenho vivem similar experiência e o povo negro não é levado em conta.

D – Tens alguma esperança para depois da eleição?

RHS – A esperança que tenho está fixada em Deus, só ele pode combater os níveis de maldade do ser humano em Honduras e no mundo.

 

*Ronnie Huete Salgado (foto interior) é jornalista hondurenho. Trabalhou no jornal El Heraldo de Honduras até a greve dos fiscais, o estopim que acabo tempo depois no Golpe de Estado, contra o governo democrático de José Manuel Zelaya Rosales. Acontecido o golpe, Salgado se exilou em Florianópolis, graça à solidariedade do jornalista e escritor, Celso Martins.

Voltou a Honduras durante o governo herdeiro da ditadura de Porfirio Lobo Sosa. Mais tarde veio buscando melhor sorte a São Paulo onde contou com a solidariedade da escritora paulista, colaboradora de Desacato.info , Luciane Recieri.

Novamente voltou ao seu país onde continuou com sua tarefa de jornalista independente até o presente. Ronnie Huete Salgado colabora com Desacato.info desde 2010.

 

——————————————————————————————-

Ronnie2

Xiomara Castro todavía precisa afinar su propuesta de gobierno

Entrevista de Raul Fitipaldi a Ronnie Huete Salgado* para Desacato.info

Desacato.info – Los Derechos Humanos en Honduras han sido objeto de gran preocupación nacional e internacional, ¿en qué condición llega Honduras a la elección desde ese punto de vista?

Roninie Huete Salgado – Dar vida a un sistema democrático moribundo, con la sangre de los asesinados y de los seres humanos que se les ha violentado sus derechos humanos en Honduras, o que similar acontecimiento suceda en cualquier parte donde haya vida humana, es condenarse a repetir la historia.

D -¿En algún período de la historia murieron más periodistas y trabajadores de la comunicación en Honduras, como desde el golpe de Estado de junio de 2009?

RHS – Sigue repitiéndose ese periodo de la historia. Recientemente asesinaron a un camarógrafo de 32 años, pobre, explotado por la empresa en donde trabajaba, cuyo dueño es a fin a un partido político “progresista”. El Estado latinoamericano de Honduras es impune.

D -¿Qué papel cumplen los grandes medios de comunicación en el proceso electoral?

RHS – Cada uno defiende grandes intereses económicos. Los periodistas solo siguen los lineamientos del dueño del medio de comunicación.

D -¿Cómo se sienten los periodistas independientes en este escenario?

RHS – Hablaré de mi persona. Cuando la vida misma adquiere sentido, sin tener precio y fe en Dios, has dejado de vivir, dándote cuenta que tienes toda una eternidad para descansar.

D – ¿Es posible creer que se realice una elección nacional sin fraude?

RHS – No, el fraude siempre se ha impuesto ante a lo que llaman democracia. O mejor señalada como la dictadura corporativa en todo el mundo, no sólo en el espacio de Honduras.

D – ¿Me podrías definir el papel de la Embajada de Estados Unidos y del Arzobispado en la campaña electoral? ¿Lo hay?

RHS – La embajada siempre defiende sus intereses a como dé lugar, y el arzobispado los bendice.

¿Cómo evalúas el protagonismo de la mujer en esta elección, y en particular el papel de Xiomara Castro, como candidata de ese género?

RHS – La mujer comprueba su desempeño político ante la cosmovisión del hombre machista latinoamericano. La candidata Castro aún le hace falta afinar su propuesta de gobierno, hacerlo profesionalmente, dejando a un lado las emociones, e intentar pensar por un rato como las grandes mayorías vilipendiadas de Honduras o los familiares de las personas que han sido asesinados después del golpe de Estado. 

D – Por fin, háblame de la situación por la que pasan los campesinos, los indígenas y los habitantes negros antes de la elección?

RHS – Como te lo dije en un principio, la historia se repite. Los pueblos originarios de Honduras, sobre todo en este momento el Lenca está siendo objeto de persecución por una corporación internacional. Los campesinos del Bajo Aguan en el Caribe hondureño viven similar experiencia y el pueblo negro no es tomado en cuenta.

D – ¿Tienes alguna esperanza para después de la elección?

RHS -La esperanza que tengo está fijada en Dios, sólo él puede combatir los niveles de maldad del ser humano en Honduras y el mundo.

 

*Ronnie Huete Salgado (foto interior) es periodista hondureño. Trabajó en El Heraldo de Honduras hasta la huelga de los fiscales, estopín que acabó tiempo después en el Golpe de Estado, contra el gobierno democrático de José Manuel Zelaya Rosales. Sucedido el golpe, Salgado se exilió en Florianópolis, gracias a la solidaridad del periodista y escritor, Celso Martins.

Volvió a Honduras durante el gobierno heredero de la dictadura de Porfirio Lobo Sosa. Más tarde vino buscando mejor suerte a San Pablo donde contó con la solidaridad de la escritora paulista, colaboradora de Desacato.info, Luciane Recieri.

Nuevamente volvió a su país donde continuó con su tarea de periodista independiente hasta el presente. Ronnie Huete Salgado colabora con Desacato.info desde 2010.

Foto de Xiomara Castro: reprodução.

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.