Vice-presidenta Delcy Rodríguez afirmou que mais de US$ 10 milhões foram embargados
A vice-presidenta executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez (foto) denunciou o bloqueio de US$ 10,3 milhões do pagamento das vacinas do consórcio Covax, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Aliança para a Vacinação (Gavi) e pela Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi).
Através do convênio, até o final de 2021, deveriam ser fornecidas vacinas para imunizar 20% da população venezuelana. O valor total era de US$ 120 milhões (cerca de R$ 660 milhões) e foram depositados pelo Estado venezuelano em maio.
No entanto, no dia 7 de junho, o embaixador da Venezuela em Genebra, Héctor Constant Rosales recebeu uma notificação da Aliança Gavi de que haviam recebido apenas U$ 109,9 milhões, deixando um passivo de pouco mais de 10 milhões.
Do total de 12 depósitos, as últimas quatro transações realizadas pela Venezuela foram embargadas pelo banco suíço UBS, que estaria “investigando” a origem dos valores. Este seria o motivo para o atraso na entrega de um primeiro carregamento com cerca de 3 milhões de doses da vacina Johnson & Johnson esperado para este mês.
“Estes recursos foram bloqueados pelo poder hegemônico, fomos excluídos do sistema financeiro internacional, e agoram violam o direito internacional e a carta das Nações Unidas. Não temos defesa e não temos a quem acudir”, declarou Rodríguez.
Como lo acaba de denunciar la Vicepresidenta @delcyrodriguezv, #Venezuela ha pagado LA TOTALIDAD de sus compromisos con el mecanismo #COVAX para adquirir las vacunas. Sin embargo, el Banco ha “bloqueado” arbitrariamente los últimos pagos y están bajo “investigación”. ¡Un crimen! pic.twitter.com/L6n9xj41Mo
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) June 10, 2021
A Venezuela denuncia que possui cerca de US$ 7 bilhões em ativos bloqueados no exterior e que em seis anos de embargo, já contabilizou um prejuízo de ceca de US$ 130 bilhões.
O país acumula 246.764 infectados, sendo que 92% já se recuperaram da doença, e 2.764 falecidos pela covid-19. Segundo dados oficiais, o país já vacinou 11% da população e a meta é chegar a 70% até o final de 2021.
Além do consórcio Covax, o país recebeu doações de 500 mil doses do laboratório chinês Sinopharm e também fechou contratos para compra das fórmulas russas: EpiVacCorona, Sputnik V, CoviVac e Sputnik Light. Também assinou um convênio com Cuba, em abril, para iniciar a produção da vacina Abdala.