Valdemar tem prisão temporária transformada em preventiva – cadeia por tempo indeterminado

Alvos da megaoperação deflagrada pela Polícia Federal passaram por audiências de custódia e permanecerão encarcerados por tempo indeterminado

Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto. Créditos: Marlene Bergamo/Folhapress

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Os 4 presos na megaoperação da Polícia Federal deflagrada na quinta-feira (9), que mirou Jair Bolsonaro, ex-assessores e militares por terem articulado uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, seguirão presos.

Os investigados passaram audiências de custódia. São eles: Valdemar Costa Neto, presidente do PL; Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército; e Rafael Martins, tenente-coronel do Exército.

A prisão dos 4 foi autorizada pelo ministro do Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que entendeu a restrição de liberdade como necessária para que eles não atrapalhem o curso das investigações.

Valdemar Costa Neto é o único que, apesar de ser investigado pela intentona golpista, foi preso por porte ilegal de arma e por possuir uma pepita de ouro oriundo do garimpo, de forma irregular. A conversão de sua prisão de temporária para preventiva foi determinada por Alexandre de Moraes. 

A prisão preventiva é aquela em que o investigado fica na cadeia por tempo indeterminado.

Operação da PF: quem são os alvos

Nesta quinta-feira (8), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão contra o núcleo duro do antigo governo Bolsonaro, com ações contra figuras importantes da antiga gestão.

Nesta fase da Operação Tempus Veritatis, a PF está apurando a participação de membros do alto escalão do governo na tentativa de golpe de estado do ano passado através da disseminação de desinformação sobre as urnas eletrônicas.

Outra parte da investigação quer determinar se houve militares envolvidos na tentativa de tomada violenta do Estado.

A busca e apreensão teve como alvos:

  • Gal. Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e vice de Bolsonaro em 2022
  • Gal. Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e apontado como líder dos atos golpistas
  • Gal. Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
  • Gal. Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército
  • Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e o homem da minuta do golpe
  • Valdemar Costa Neto, presidente do PL
  • Tercio Arnoud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro
  • Ailton Barros, coronel reformado do Exército, preso na Operação Venire, da fraude no cartão de vacina

Além dos mandados de busca e apreensão, foram presos na operação:

  • Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro que fez o gesto do ‘White Power’
  • Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  • Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército
  • Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército

Por fim, cerca de 48 pessoas foram alvos de medidas restritivas como proibição de contato com outros investigados e retenção de passaporte. Na lista, está:

Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil

Desde dezembro de 2022, fontes da PF ouvidas pela Fórum denunciam que o GSI sob o comando de Jair Bolsonaro e General Heleno foi crucial para a tentativa de golpe entre dezembro de 2022  e janeiro de 2023.

48 outras medidas cautelares, como proibição de contato entre os investigados, retenção de passaportes e suspensão dos cargos públicos.

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